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Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
07 janeiro 2008
Os limões têm sexo? (2) (fim)
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2 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Sobre a questão de qual seria o sexo dos limões só poderei dizer e ajulgar pelo momento em que vivemos actualmente e nos diferentes quadrantes...que ele é macho!Sintam a sua acidez, o seu azedo gosto.
ResponderEliminarNão gosta o bicho homem do gosto amargo da guerra?do conflito?do poder, da corrupção? etc, etc....
Bom, o trabalho do Johann Gottlieb Fichte é bastante interessante e procurara mostrar numa perspectiva histórica a evolução das principais teorias e abordagens do comércio internacional. Contudo é importante notar que apesar das teorias que apresenta serem a base para o actual cenário de comércio internacional, tais já não são aplicáveis na actualidade, se assumirmos a globalização, maior mobilidade de capitais e investimento directo estrangeiro (IDE).
ResponderEliminarEnquanto as antigas teorias do comércio internacional se baseavam no comércio de bens e serviços entre nações (produzir no país e vender fora), o IDE privilegia a produção junto ao mercado consumidor, devido a fácil mobilidade de capitais, elevados custos de transporte, etc. Se sou sul-africano e descubro que tenho um grande mercado para o meu produto de alta qualidade e preços competitivos, então vou a Moçambique montar a minha fábrica. Notem que os direitos aduaneiros nunca foram problema ao IDE (portanto, nada nos garante que vamos receber tanto investimento estrangeiro devido a Integração, para além de que Moçambique não é dos mais atractivos na região, é bem provável que a integração atraia investimento para outros países da região e não para Moçambique), contudo desempenham algum papel na motivação do IDE. Mas o sul africano, vendo que pode continuar a produzir em casa, Moçambique é perto (zona sul e por sinal com maior poder de compra) então, porquê ir investir em Moçambique? Se pode continuar a produzir na sua fábrica em casa, acrescentar o preço de transporte e margem de lucro e ir vender e matar muitas empresas moçambicanas (se estes continuarem a produzir sem qualidade e a preços altos), por que não? Aqui o governo e a economia saem mesmo a perder, porque já não temos receitas fiscais via direitos (integração) e não temos internamente empresas para pagarem impostos.
Portanto, podemos até dispensar o Johann. Nós temos que começar a desenvolver as nossas teorias de desenvolvimento, tendo em conta a nossa realidade e os hábitos de consumo e poupança (?) e investimento dos nossos povos. Lembrem-se que essas teorias clássicas, neoclássicas, etc., são a base da actuação do Banco Mundial e FMI, que tem nos usado como cobaias e que quase que nunca dão certo por aqui.
Sem querer me alongar, temos que nos preparar! Apostar nas PMEs, na agricultura, ensino técnico médio, transformar as universidades e institutos politécnicos em centros de produção do conhecimento e inovações tecnológicas. E saber que muito mais do que barreiras tarifárias (direitos e outras), o desenvolvimento enfrenta pesadas barreiras não tarifárias, que por sinal não serão removidas via integração regional, é preciso outro tipo de exercício. Os benefícios vistos pelo Sibidy e vários governantes não são automáticos, temos que nos mexer, apesar de eu reconhecer a importância da integração regional. Vide também a minha série de artigos com título “Aula de Economia com Prof. Dr. Castel Branco” no www.proeconomia.blogspot.com