Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
01 janeiro 2008
MINT: 200 fantasmas com salários
4 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Realmente...200 é um número elevado, seria bom que soubessemos quantos fantasmas temos na função pública em geral !!!
ResponderEliminarSim, muita gente mesmo.
ResponderEliminar Segundo o Ministro Pacheco, entre salários indevidos e desvios, o Tesouro Nacional sofreu um rombo de mais de 220 milhões de meticais (novos). Convertidos em dólares (25MT=1USD) estamos a falar de 8.800.000USD. É obra!
ResponderEliminar Assumindo que um furo para captação de água rural com a respectiva bomba manual pode custar cerca de 4.000USD concluímos que o valor do roubo equivale a 2.200 furos para abastecimento de água rural.
Assumindo ainda que cada furo abasteceria no mínimo 100 pessoas, concluímos que o roubo (e não desvio, como eufemísticamente o Sr Ministro lhe chamou) equivale a privar o acesso mais fácil a água de 220.000 pessoas.
Esta situação evidencia que os nossos problemas não resultam apenas da falta de recursos – resultam também, e bastante, do esbanjamento de recursos e do nosso conformismo, tolerância, não exigência de responsabilização. Temos de nos libertar de fatalismos: os criminosos estão identificados, conhecem-se os seus patrimónios - exige-se celeridade na aplicação da legislação em vigor.
Esta situação mostra também a fragilidade com que o nosso Orçamento de Estado é elaborado e se faz o controlo da sua realização: cultura de não exigência.
Um Ministro é um gestor, equiparado ao CEO duma grande empresa. Em qualquer grande empresa Pacheco já não era CEO. Não é admissível tanta incúria.
Abraço,
Florêncio
________
PS Um Ministério tão importante como o de Pacheco não pode vir dizer-nos que vive de donativos de bicicletas, motorizadas ou carros para exercício de funções vitais da sua Missão.
Estes meios têm de constar do plano de actividades do Ministério e do seu Orçamento de funcionamento e investimento, com cobertura garantida pelo Orçamento Central. Poupem-nos, por favor, as palhaçadas protagonizadas por Pacheco na recepção das 50 motos oferecidas por Bachir.
Efectivamente um problema sério, este. E parece que passa por natural, como em outros muitos casos, análogos ou diferentes, da vida do país.
ResponderEliminar