Outros elos pessoais

25 janeiro 2008

Empresa brasileira irá construir Mphanda Nkuwa

A empresa brasileira de construções Camargo Corrêa obteve o contracto para construir em Moçambique a barragem de Mphanda Nkuwa, que "com uma capacidade de produção de 1.500 MW, uma das maiores do continente africano, será iniciada em 2009, com conclusão prevista para 2013 e representa um investimento de 3,2 mil milhões de dólares". Porém, "uma fonte nao-identificada do Ministério da Energia de Moçambique disse à agencia noticiosa portuguesa Lusa que o governo está ainda a negociar com o consórcio liderado pela empresa brasileira Camargo Corrêa o contrato de construção da barragem de Mphanda Nkuwa. A construção da barragem deverá ser financiada pelo Export-Import Bank of China (Eximbank), segundo um jornal de Macau aqui (obrigado ao Ricardo, meu correspondente em Paris, pelo envio da referência deste jornal de Macau), que cita o jornal brasileiro Valor.
Acontece que ninguém ainda em Moçambique conseguiu ler o relatório de impacto ambiental que há dias o ministro da Energia, Salvador Namburete, disse estar a ser preparado. Mas não só: "Ambientalistas e especialistas em barragens, reunidos esta semana em Maputo, consideram que Mphanda Nkuwa, que vai ser erguida na província de Tete, não constitui um investimento viável para Moçambique e representa um grande perigo ambiental."
Adenda - Eis o que escreveu a Funcex: "A Construtora Camargo Corrêa recebeu a aprovação final do governo de Moçambique para construir e operar aquela que será uma das maiores usinas hidrelétricas do continente africano e uma rede de transmissão ligando a região central do país à capital Maputo, de 1,4 mil quilômetros de extensão. Com capacidade de 1,5 mil megawatts, o complexo de Mphanda Nkuwa vai consumir investimentos da ordem de US$ 3,2 bilhões. A Camargo está associada às empresas Eletricidade de Moçambique (EDM) e Energia Capital, também de origem moçambicana. A composição do consórcio não foi informada." Confira também aqui. Tanto quanto julgo saber, o nosso governo não anunciou a aprovação ainda...

16 comentários:

  1. Professor,três milhões e duzentos mil dólares não constroem uma barragem. Pelo menos uma que pode mobilizar ambientalistas e especialistas em barragens para Maputo. A fonte do Professor não está certa.

    Quanto à viabilidade económica. Esta barragem parece-me ser, essencialmente, um empreendimento empresarial. Parece-me ser diferente, na sua concepção, da barragem de Cahora Bassa, pois esta é propriedade pública. Estou certo que os promotores da iniciativa não hão-de querer perder dinheiro. Este aspecto da viabilidade eles hão-de verificar com muita minúcia.

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  2. Vou reconferir, mas creio que o jornal brasileiro me vedou o acesso agora. Já digo algo.

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  3. Tem razão, mas o jornal não me deixa agora entrar e apenas consigo ler esta frase: "Contrato de US$ 3,2 bi para a Camargo"..Confira aqui:
    http://www.valoronline.com.br/Search.aspx?q=mo%C3%A7ambique

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  4. Uma segunda notícia tem esta redacção incompleta: "24/01/2008 - Empresas - Camargo vence contrato de US$ 3,2 bilhões"

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  5. Pronto, redacção agora correcta. Muito obrigado pela chamada de atenção.

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  6. (in Imensis, de hoje)
    > " ... O contrato inclui igualmente a construção de uma linha de transmissão de 1.400 quilómetros para ligar a barragem à capital Maputo. A construtora brasileira está associada num consórcio às empresas Electricidade de Moçambique (EDM) e Energia Capital, também de origem moçambicana."

    > ENERGIA CAPITAL = Guebuza: sempre na linha da Frente.

    Abraço,
    FM

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  7.  GRUPO INSITEC = INSITEC CONSTROI + INTELLICA + I – TEC + ENERGIA CAPITAL + INSITEC INVESTIMENTOS S.A. e suas participadas, + BCI ++

    FM

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  8. Obrigado. Fui consultar comentários antigos no diário e encontrei referências a isso. Um mundo fascinante, este.

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  9. " por detrás de cada grande fortuna oculta-se um crime.
    Balsac".

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  10. Balsac infelizmente é verdade.

    Maxango

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  11. Nesse sentido, todos os ricos do mundo são uns criminosos? As palavras citadas são verdade apenas metaforicamente, creio.

    Essa crença puritanista em relação ao património é nociva. Não sei se já repararam que ela só é esgrimida em relação aos ricos de África.

    Em relação a esses ricos, africanos, todos nós, africanos e não africanos, ficamos bastante impacientes.

    Gostaria que alguém me explicasse as razões disso

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  12. Muito simples explicar isso.O problema é que em Africa so se desconfia que alguém é rico mas não se prova é por isso que há murmurios já nas Americas indica-se a fortuna do individuo e o seu empreendimento/empresa. Agora diga-me se o problema é de estarmos em Africa ou é de implicar com os ricos Africanos? Acho que não é por ai o problema é transparência. Quem se torna rico por meios licitos não teme em declarar sua fortuna por mais assustadora que seja.
    Acho que o Africano declarar sua fortuna pode ter estatuto de um heroi porque terá feito um acto inedito e raro.

    Ndzakeni

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  13. Não vem isso das nossas tradições onde a riqueza "atrai" feiticeiros? Há que ser rico mas nunca mostrar...senão "feiticeiro" mata...
    Declarar fortuna? Nunca!!! senão "feiticeiro" mata...

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  14. Caros Ndzakeni e Nelson, como é que um africano vai declarar a sua riqueza se vivemos ensinando e proclamando que ser rico é ser criminoso? Como é que num país onde ser rico equivale a estigma certo de ladrão e corrupto, alguém vai declarar que é rico.

    Há aí um jovem recem formado, creio que é Celso Correia, organizou ou ajudou a organizar uma empresa, e já se diz que é ladrão, corrupto. Ninguém se preocupa em estudar o seu percurso. Ninguém se preocupa em aprender e emular suas técnicas de mobilização e gestão de recursos. Insultamo-lo apenas! Este é um país muito amargo

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  15. Não acha caro anónimo que seria o dissipar das "proclamações"?.
    Que se é rico parece que nem precisa declarar. A riqueza seja lá quanta for, como for definida, essa tem o jeito de falar por si, tem voz própria, entretanto como se chegou à ela já precisa duma "ajuda" para se expressar.
    Porque será que a "amargura" desse país parece tornar mais amarga quando se olha para "ricos" ligados às elites governativas? Celso Coreia já "ouvi" sendo "insultado" e não era apenas por ser "rico" não, mas por estar de alguma forma ligado aos "ricos".

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