Acontece que ninguém ainda em Moçambique conseguiu ler o relatório de impacto ambiental que há dias o ministro da Energia, Salvador Namburete, disse estar a ser preparado. Mas não só: "Ambientalistas e especialistas em barragens, reunidos esta semana em Maputo, consideram que Mphanda Nkuwa, que vai ser erguida na província de Tete, não constitui um investimento viável para Moçambique e representa um grande perigo ambiental."
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
25 janeiro 2008
Empresa brasileira irá construir Mphanda Nkuwa
Acontece que ninguém ainda em Moçambique conseguiu ler o relatório de impacto ambiental que há dias o ministro da Energia, Salvador Namburete, disse estar a ser preparado. Mas não só: "Ambientalistas e especialistas em barragens, reunidos esta semana em Maputo, consideram que Mphanda Nkuwa, que vai ser erguida na província de Tete, não constitui um investimento viável para Moçambique e representa um grande perigo ambiental."
16 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Professor,três milhões e duzentos mil dólares não constroem uma barragem. Pelo menos uma que pode mobilizar ambientalistas e especialistas em barragens para Maputo. A fonte do Professor não está certa.
ResponderEliminarQuanto à viabilidade económica. Esta barragem parece-me ser, essencialmente, um empreendimento empresarial. Parece-me ser diferente, na sua concepção, da barragem de Cahora Bassa, pois esta é propriedade pública. Estou certo que os promotores da iniciativa não hão-de querer perder dinheiro. Este aspecto da viabilidade eles hão-de verificar com muita minúcia.
Vou reconferir, mas creio que o jornal brasileiro me vedou o acesso agora. Já digo algo.
ResponderEliminarTem razão, mas o jornal não me deixa agora entrar e apenas consigo ler esta frase: "Contrato de US$ 3,2 bi para a Camargo"..Confira aqui:
ResponderEliminarhttp://www.valoronline.com.br/Search.aspx?q=mo%C3%A7ambique
Uma segunda notícia tem esta redacção incompleta: "24/01/2008 - Empresas - Camargo vence contrato de US$ 3,2 bilhões"
ResponderEliminarPronto, redacção agora correcta. Muito obrigado pela chamada de atenção.
ResponderEliminar(in Imensis, de hoje)
ResponderEliminar> " ... O contrato inclui igualmente a construção de uma linha de transmissão de 1.400 quilómetros para ligar a barragem à capital Maputo. A construtora brasileira está associada num consórcio às empresas Electricidade de Moçambique (EDM) e Energia Capital, também de origem moçambicana."
> ENERGIA CAPITAL = Guebuza: sempre na linha da Frente.
Abraço,
FM
Oh...
ResponderEliminar GRUPO INSITEC = INSITEC CONSTROI + INTELLICA + I – TEC + ENERGIA CAPITAL + INSITEC INVESTIMENTOS S.A. e suas participadas, + BCI ++
ResponderEliminarFM
Obrigado. Fui consultar comentários antigos no diário e encontrei referências a isso. Um mundo fascinante, este.
ResponderEliminar" por detrás de cada grande fortuna oculta-se um crime.
ResponderEliminarBalsac".
Balsac infelizmente é verdade.
ResponderEliminarMaxango
Nesse sentido, todos os ricos do mundo são uns criminosos? As palavras citadas são verdade apenas metaforicamente, creio.
ResponderEliminarEssa crença puritanista em relação ao património é nociva. Não sei se já repararam que ela só é esgrimida em relação aos ricos de África.
Em relação a esses ricos, africanos, todos nós, africanos e não africanos, ficamos bastante impacientes.
Gostaria que alguém me explicasse as razões disso
Muito simples explicar isso.O problema é que em Africa so se desconfia que alguém é rico mas não se prova é por isso que há murmurios já nas Americas indica-se a fortuna do individuo e o seu empreendimento/empresa. Agora diga-me se o problema é de estarmos em Africa ou é de implicar com os ricos Africanos? Acho que não é por ai o problema é transparência. Quem se torna rico por meios licitos não teme em declarar sua fortuna por mais assustadora que seja.
ResponderEliminarAcho que o Africano declarar sua fortuna pode ter estatuto de um heroi porque terá feito um acto inedito e raro.
Ndzakeni
Não vem isso das nossas tradições onde a riqueza "atrai" feiticeiros? Há que ser rico mas nunca mostrar...senão "feiticeiro" mata...
ResponderEliminarDeclarar fortuna? Nunca!!! senão "feiticeiro" mata...
Caros Ndzakeni e Nelson, como é que um africano vai declarar a sua riqueza se vivemos ensinando e proclamando que ser rico é ser criminoso? Como é que num país onde ser rico equivale a estigma certo de ladrão e corrupto, alguém vai declarar que é rico.
ResponderEliminarHá aí um jovem recem formado, creio que é Celso Correia, organizou ou ajudou a organizar uma empresa, e já se diz que é ladrão, corrupto. Ninguém se preocupa em estudar o seu percurso. Ninguém se preocupa em aprender e emular suas técnicas de mobilização e gestão de recursos. Insultamo-lo apenas! Este é um país muito amargo
Não acha caro anónimo que seria o dissipar das "proclamações"?.
ResponderEliminarQue se é rico parece que nem precisa declarar. A riqueza seja lá quanta for, como for definida, essa tem o jeito de falar por si, tem voz própria, entretanto como se chegou à ela já precisa duma "ajuda" para se expressar.
Porque será que a "amargura" desse país parece tornar mais amarga quando se olha para "ricos" ligados às elites governativas? Celso Coreia já "ouvi" sendo "insultado" e não era apenas por ser "rico" não, mas por estar de alguma forma ligado aos "ricos".