Termos como chingondo, monhé, etc., ou expressões como os landins são inteligentes, os Manhungwe não prestam, os monhés só sabem fazer comércio ou, ainda, os gajos do Sul estão-nos a pilhar ou os Maquilimane só sabem roubar, contêm ao mesmo tempo uma prática, uma história e uma memória em constante reactualização (ainda que os seus utilizadores possam não estar conscientes disso e se limitem a veicular, a fazer e a recordar o que se tornou "hábito", costume do grupo, etc.): (1) a prática da interacção social e da disputa de recursos de poder, (2) a história de como se fez ou se faz a intersecção e a disputa pelos recursos de poder e (3) a memória que se reactiva ou se reactualiza consoante a intensidade dos contactos.
Julgamos muitas vezes que é a cor da pele ou o apelido que nos leva a incluir alguém num grupo diferente. Mas seria mais pertinente começar por estudar a história que está por trás disso.
A interacção social faz, portanto, comunicar, mas também colidir. Nela coabitam lógicas de inclusão e de exclusão.
"...Julgamos muitas vezes que é a cor da pele ou o apelido que nos leva a incluir alguém num grupo diferente. Mas seria mais pertinente começar por estudar a história que está por trás disso..."
ResponderEliminarEm minha opinião o racismo tem origem na colonização e ele não é nada mais que eternização da inferioridade de uns em relação aos outros e/ou de uns em relação a si mesmos.
Um dia entrei numa loja de venda de equipamento desportivo para comprar uma T-shirt e trazia uma pasta de costas o segurança interno mandou-me tirar a pasta para poder apreciar o que pretendia mais ao meu lado esta um individuo a apreciar com uma sacola nas costas. Olhei para o guarda e disse-lhe manda tirar a sacola a esse senhor depois tiro a minha.
Ao mesmo tempo fiquei muito chateado e imediatamente fui-me embora acabei por não comprar a T-Shirt.
Embora aborrecido levantei muitas questões por estudar no comportamento do segurança.
Amanha continuarei a falar deste acontecimento
Maxango
Está bem! Abraço.
ResponderEliminarProfessor acho que a cura do racismo reside na capaciadade do homem abdicar da cumplicidade historica que o governa até os dias de hoje e acho ainda que essa vacina esta longe de ser descoberta.
ResponderEliminarPorque quando se é racista é como se duas pessoas habitassem em uma só a primeira que tem consciência da igualdade e a segunda que é cumplice da historia/colonização/cor da pele/poder/originalidade/ e mais.
Somente quando a rescisão da timidez do primeiro o livrará do racismo, estou ciente de que isso o levará a novos conflitos com o proximo e assim em diante entrará num ciclo vicioso.Conclusão o homem será sempre um ser racista/etnicista porque tem uma historia e para viver precisa de se impor.
Que tal professor?
Um abraço
Maxango
Naturalmente que são, um e outro, etnicidade e racismo (não sendo o primeiro, afinal, senão um racismo sem raça), problemas muito delicados. E muitas vezes acontece que combatê-los na melhor das boas vontades só incentiva a sua ampliação. Deixe continuar a série. Abraço.
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