O jornal é omisso sobre onde que é que as agressões se verificaram. Tenho por hipótese que foram em Maputo. E faltam outros dados para termos uma ideia ampla do fenómeno.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
21 janeiro 2008
1907 homens espancados pelas esposas
O jornal é omisso sobre onde que é que as agressões se verificaram. Tenho por hipótese que foram em Maputo. E faltam outros dados para termos uma ideia ampla do fenómeno.
16 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Achei pertinente esse realce ao inverso daquilo que e' mais comum na violencia domestica. So' nao era preciso colocar uma foto de uma mulher musculosa para associa-la a esse facto :))
ResponderEliminarJinhos.
Nem, perdoe o que tentei fosse apenas algo irónico para amenizar a violência...
ResponderEliminarProfessor acho que os dados são realmente crediveis não tardou para seres agredido por uma mulher ah ah ah ah.
ResponderEliminarUm abraço
Maxango
Cá por mim apenas aceito uma forma de agressão: a dos beijos...
ResponderEliminarUm pouco de humor faz bem a todo ser humano gostei da resposta do professor.
ResponderEliminarAgora gostaria de fazer um reparo ao seu masculinismo noticial é bem provavel que o caso inverso não seja assim tão raro o que vou observando quando o assunto é violência domestica é que há uma tendência de reduzi-la a agressões fisicas, mais acho que é pertinente ampliar o termo para outras dimensões vou me socorrer de alguns exemplos para justificar o meu argumento.
(1)Quantos homens dormem fora porque chegaram tarde a casa?
(2)Quantos homens são agredidos por mulheres e não se queixam?(Sindroma de Masculinismo natural)
(3)Quantos homens são obrigados a dormirem na sala?(não estou estudando as razões mas os factos)
(4)Quantos homens não são chefes de familias?
Talvez se tivessemos acesso a estes numeros chegariamos a outras conclusões enfim acho que o homem é cada vez mais vitima de violência domestica por isso prefiro ser um masculinista cauteloso mesmo sem evidências.
Um abraço Teacher
Maxango
Bem, bem, bem: só posso dizer que são boas questões.
ResponderEliminarUm cheirinho nas causas daria mais "sabor" às questões. Estou principalmente com a atenção presa na questão de homens não serem chefe de família.
ResponderEliminarCaro Nelson interessante sua pergunta mas acho que ela so pode ser respondida após um estudo com muito rigor ciêntifico e mesmo assim seria necessario categorizar ou agrupar as causas porque acho que seriam varias, em relação a questão de homens não serem chefe de familia não percebi o teor da tua atenção, se esta presa na existência do fenomeno ou nas causas.
ResponderEliminarUm abraço
Maxango
Existência do fenómeno é um facto. Minha questão talvez seja a relação que existe entre esse o fenómeno e a violência. Oque significa ser chefe de família? Factores? Elementos a considerar para determinar o chefe. Há homens forçados à abdicarem a chefia. Alguns voluntariamente?
ResponderEliminarSobre o significado de chefe de familia deixe-me dizer que existem varias abordagens dentre elas importa-me referir as seguintes:
ResponderEliminarA tradicional que prevê o homem como chefe da familia independemente do tempo e do espaço.
E a abordagem "contemporanea" que não considera o facto de se ser homem simplesmente a condição necessaria e suficiente para ser chefe de familia, esta abordagem toma em conta aspectos como o detentor de maior rendimento,do patrimonio e consequentemente a pessoa que toma decisões numa familia.
Passo agora a identificação da relação entre chefe de familia e a violência.
Importa-me comentar o termo "chefe de familia" usando a ultima abordagem.
Regra geral: Uma familia cujo detentor do rendimento maioritário e tamador das decisões é a mulher esta mais exposta a uma convivência não harmoniosa(não esqueci que estou em Africa)logo há também chances de ocorrer violência domestica em lares cujo chefe seja a mulher, agora se ocorre com maior ou menor intensidade essa é uma outra questão.
Espero ter me aproximado da resposta que explica o fenomeno.
Abraço
Maxango
E assim, caminhando-se para um dado em bruto, que não foi tratado pelo jornalista que o recolheu, chegámos à colocação de perguntas vitais sobre questões vitais. Por exemplo, julgo saber que Maputo dispõe de um bom arsenal de milheres-chefes de família, algo como centenas delas. Que o são pelos mais variados motivos , entre os quais (em peso a determinar) está uma ligação com o trabalho dos ex-maridos na África do Sul. É como se, face a um vazio e a uma responsabilidade acrescida, as nossas mulheres fossem buscar ao alfobre dos homens uma violência punidora e pela agressão os punissem de todos os males que entendem terem eles causado nos lares agora vazios deles...
ResponderEliminarMaxango,
ResponderEliminarQue exagero!!! So pq comentei aquilo ja diz que estou a ser agressiva? :)))
Ai, os homens...!
Um abraco!
O abraço suavizou a generalização Ana.
ResponderEliminarBjinhos
Ana,
ResponderEliminarQue prazer!!!Não se preocupe foi mais para humor do que para agressão.
Hum, as mulheres...!
Um forte abraço!
Maxango
Ao professor muito obrigado pelos contributos sempre valiosos ao Nelson fico sem saber o que terá achado da tentativa de resposta as questões que colocou.
ResponderEliminarUm abraço
Maxango
Bem, devo confessar que precisaria estudar o fenómeno. Quem sabe se um dia não tento isso?
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