Outros elos pessoais

21 janeiro 2008

1907 homens espancados pelas esposas

Segundo o jornal-fax "Correio da Manhã" de hoje, oito mil mulheres foram agredidas pelos maridos em 2007. Porém "São apenas 1.907 homens – os registos referem-se apenas aos que se queixaram – que foram espancados pelas respectivas esposas no âmbito da hoje tão falada violência doméstica no nosso ambiente. Estes dados são da responsabilidade do Gabinete de Atendimento da Mulher e Criança no Ministério do Interior (MINT) – que não negligenciam denúncias de homens seviciados pelas respectivas companheiras – ocorridos ao longo de 2007. Em declarações ao Correio da manhã, Lurdes Mabunda, chefe daquele gabinete, sublinhou que “é cada vez mais crescente o número de homens que se declaram vítimas de agressão física protagonizada pelas suas esposas, o que pode significar que elas estão a se informar mais sobre os seus direitos” (o meu obrigado ao Egídio Vaz pelo envio do jornal via email).
O jornal é omisso sobre onde que é que as agressões se verificaram. Tenho por hipótese que foram em Maputo. E faltam outros dados para termos uma ideia ampla do fenómeno.
Nota: uma observação pertinente seria a de que é mais importante referir e desenvolver o dado das oito mil mulheres agredidas. Sem dúvida. Mas como o caso inverso parece ser raro, optei por salientar o que me parece ser raro. Sois, porém, livres de criticar o meu masculinismo noticial...

16 comentários:

  1. Achei pertinente esse realce ao inverso daquilo que e' mais comum na violencia domestica. So' nao era preciso colocar uma foto de uma mulher musculosa para associa-la a esse facto :))

    Jinhos.

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  2. Nem, perdoe o que tentei fosse apenas algo irónico para amenizar a violência...

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  3. Professor acho que os dados são realmente crediveis não tardou para seres agredido por uma mulher ah ah ah ah.

    Um abraço

    Maxango

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  4. Cá por mim apenas aceito uma forma de agressão: a dos beijos...

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  5. Um pouco de humor faz bem a todo ser humano gostei da resposta do professor.

    Agora gostaria de fazer um reparo ao seu masculinismo noticial é bem provavel que o caso inverso não seja assim tão raro o que vou observando quando o assunto é violência domestica é que há uma tendência de reduzi-la a agressões fisicas, mais acho que é pertinente ampliar o termo para outras dimensões vou me socorrer de alguns exemplos para justificar o meu argumento.
    (1)Quantos homens dormem fora porque chegaram tarde a casa?
    (2)Quantos homens são agredidos por mulheres e não se queixam?(Sindroma de Masculinismo natural)
    (3)Quantos homens são obrigados a dormirem na sala?(não estou estudando as razões mas os factos)
    (4)Quantos homens não são chefes de familias?
    Talvez se tivessemos acesso a estes numeros chegariamos a outras conclusões enfim acho que o homem é cada vez mais vitima de violência domestica por isso prefiro ser um masculinista cauteloso mesmo sem evidências.

    Um abraço Teacher

    Maxango

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  6. Bem, bem, bem: só posso dizer que são boas questões.

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  7. Um cheirinho nas causas daria mais "sabor" às questões. Estou principalmente com a atenção presa na questão de homens não serem chefe de família.

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  8. Caro Nelson interessante sua pergunta mas acho que ela so pode ser respondida após um estudo com muito rigor ciêntifico e mesmo assim seria necessario categorizar ou agrupar as causas porque acho que seriam varias, em relação a questão de homens não serem chefe de familia não percebi o teor da tua atenção, se esta presa na existência do fenomeno ou nas causas.

    Um abraço

    Maxango

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  9. Existência do fenómeno é um facto. Minha questão talvez seja a relação que existe entre esse o fenómeno e a violência. Oque significa ser chefe de família? Factores? Elementos a considerar para determinar o chefe. Há homens forçados à abdicarem a chefia. Alguns voluntariamente?

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  10. Sobre o significado de chefe de familia deixe-me dizer que existem varias abordagens dentre elas importa-me referir as seguintes:
    A tradicional que prevê o homem como chefe da familia independemente do tempo e do espaço.
    E a abordagem "contemporanea" que não considera o facto de se ser homem simplesmente a condição necessaria e suficiente para ser chefe de familia, esta abordagem toma em conta aspectos como o detentor de maior rendimento,do patrimonio e consequentemente a pessoa que toma decisões numa familia.

    Passo agora a identificação da relação entre chefe de familia e a violência.
    Importa-me comentar o termo "chefe de familia" usando a ultima abordagem.
    Regra geral: Uma familia cujo detentor do rendimento maioritário e tamador das decisões é a mulher esta mais exposta a uma convivência não harmoniosa(não esqueci que estou em Africa)logo há também chances de ocorrer violência domestica em lares cujo chefe seja a mulher, agora se ocorre com maior ou menor intensidade essa é uma outra questão.
    Espero ter me aproximado da resposta que explica o fenomeno.

    Abraço

    Maxango

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  11. E assim, caminhando-se para um dado em bruto, que não foi tratado pelo jornalista que o recolheu, chegámos à colocação de perguntas vitais sobre questões vitais. Por exemplo, julgo saber que Maputo dispõe de um bom arsenal de milheres-chefes de família, algo como centenas delas. Que o são pelos mais variados motivos , entre os quais (em peso a determinar) está uma ligação com o trabalho dos ex-maridos na África do Sul. É como se, face a um vazio e a uma responsabilidade acrescida, as nossas mulheres fossem buscar ao alfobre dos homens uma violência punidora e pela agressão os punissem de todos os males que entendem terem eles causado nos lares agora vazios deles...

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  12. Maxango,

    Que exagero!!! So pq comentei aquilo ja diz que estou a ser agressiva? :)))

    Ai, os homens...!

    Um abraco!

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  13. O abraço suavizou a generalização Ana.
    Bjinhos

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  14. Ana,

    Que prazer!!!Não se preocupe foi mais para humor do que para agressão.

    Hum, as mulheres...!

    Um forte abraço!

    Maxango

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  15. Ao professor muito obrigado pelos contributos sempre valiosos ao Nelson fico sem saber o que terá achado da tentativa de resposta as questões que colocou.

    Um abraço

    Maxango

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  16. Bem, devo confessar que precisaria estudar o fenómeno. Quem sabe se um dia não tento isso?

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