Outros elos pessoais

20 dezembro 2007

Pensar diferente é estar contra a Nação

Em auto-balanço, o porta-voz da bancada parlamentar da Frelimo, Filipe Mata, afirmou convicto que apenas o seu partido pensa na nação. Entende que a oposição tem ainda o êmbolo da guerra, continua desnacionalizada: "Disse que em nenhum momento a oposição parlamentar se comprometeu com o interesse nacional, muito embora reconheça que se trata de uma bancada composta por concidadãos. Se limitam a opor-se contra tudo e quando é assim, não estão comprometidos com o interesse nacional. A nossa oposição ainda não se libertou do paradigma do passado, que era fazer guerra por fazer”, disse Mata.
Recorde-se que Manuel Tomé, chefe da bancada da Frelimo, chegou mesmo a usar a genética para qualificar o que chamou de dilacção e obstrução da Renamo.
E aqui temos o problema: estar em desacordo é estar contra os interesses nacionais. Quem define isso? O partido no poder.
Entretanto, os bispos católicos do país dizem que a nossa democracia está turva.

6 comentários:

  1. As vezes me apetece ser da RENAMO, ser da oposição...
    As inconstitucionalidades que foram levantadas pela RENAMO não foi um aspecto de compromisso com o interesse nacional? Será que a guerra foi mesmo por nada? Se mesmo com a oposição o partido no poder faz e desfaz como temos assistido, imaginem oque seria sem ela?

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  2. Como tenho dito, a frelimo anda envolvida na sua própria confusão que agora mistura alhos com bugalhos.
    Ivone

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  3. Durante a última sessão quem dominava era a Renamo e a Frelimo partido com muitos juristas com longa experiência saiu humilhada. Até tivemos um deputado pela bancada da Renamo neste blog a nos explicar do que se passava. Onde estavam os Matas, senão na mata?

    Fora da Assembleia da República, a Frelimo lanca uma campanha barata no seu jornal, o Notícias?

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. O comentário removido tinha outro destinatário. As minhas desculpas. Pretendia colocar este:
    A fronteira que demarca uma tirania duma democracia formal situa-se na tolerância para com as minorias. Este é o seu traço definidor o que, aliás, nem sempre é suficientemente recordado.
    Uma democracia em que o poder esteja entregue a uma maioria e que o exerce sem quaisquer restrições, os pontos de contacto com uma ditadura estão perigosamente próximos.

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  6. EU pensei que pessoas como Mata ja tinham sido dizimadas. Afinal nao, esta especie de gente ainda existe. Eh bom para a biodiversidade da Ignorancia. Forca Mata, mantenha viva a especie..reproduza se possivel.

    KK

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