Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
16 dezembro 2007
Guebuza e Estado na pena do "domingo"
13 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
É ano de eleicões autarquica, não é?
ResponderEliminarE o semanário Domingo pode passar a se chamar "A voz da Revolução"...
ResponderEliminarNelson, dizes que pode passar a se chamar? Melhor é dizer que já é. Aliás sempre foi...ESTAMOS CANSADOS DE "PUXA SACOS" NÃO ACRESCENTAM NADA...
ResponderEliminarÉ assim como as ditaduras emergem. Um suporte "intelectual" "forte", amorfa e sempre "atenta" ao trabalho do chefe, sempre a justificar actos e "realizações" que os demais não vêem. Quem disse que uma experiência empresarial constitui um valor acrescentado a gestão dum Governo? Se fosse assim, então, não acham que seria melhor chamarmos o senhor MBS ao cargo de Ministro de Comércio?
ResponderEliminarAh sim, PR sabe bem aliar as duas coisas. Por isso a sua Insitec esta em tudo do que é grande empreendimento estatal! Parabéns.
Indiscutivelmente um editorial surpreendente. Ou não.
ResponderEliminarAcabo de ler a última edição do Semanário Domingo e fi-lo para estar bem por dentro. É incrível como se pode dizer muita coisa sem dizer nada. Há quem comenta lá no Domingo que a atitude ordeira da bancada da oposição prova que o estado da nação é bom. Que argumento?.
ResponderEliminar"Gebuza veio mostrar que não é desses"
Veio demonstrar isso que que a frelimo de hoje já não é aquela que estava genuinamente preocupada com o o povo. A de hoje esta isso sim preocupada em usar o povo para ganhar tanto quanto poder...
E eu repito oque disse em outras ocasiões, só não vé quem não quer. E não precisa ser da oposição para se revoltar desses discursos...
"....os pés bem assentes numa filosofia política de não à exploração do homem pelo homem,..." mais palavras para quê? Se o Domingo não qualifica a Golden Roses, os vários empreendimentos chineses, entre outros, como exploração de homem pelo homem, para quê mais palavras?
ResponderEliminarVaz, queres depois que o país fica como Guiné-Bissau?
"Gebuza concebe o estado como uma organização de tipo empresarial...Talves um micro universo de empresas públicas e privadas marcadas pelas vertentes sociais..."
ResponderEliminarContinuem as coisas como vão, e cedo não sobrará nenhuma distinção entre as públicas e as privadas. As vertentes sociais deveriam sê-lo na originalidade e não como forma de promover a imagem ou calar os sentimentos de culpa causado pelos "side effects) das empresas(gestão delas). A responsabilidade social devia ser vista não só nas "acções aspirinas"...
Se não suspendessem a Golden Rose é bem provável que cedo organizasse um lanche para as crinças vulneráveis de algum desses nossos bairros e seria um acção com toda cobertura dos "mídias estatais" e seria considerada uma iniciativa louvável mesmo que a troco disso os trabalhadores da empresa estivessem a viver em condições de escravos...
Editorial, ou anedotório dominical?
ResponderEliminar Para Presidente da Republica precisamos de um Homem com perfil ESTADISTA - pessoa versada em negócios políticos do Estado – e não de um EMPRESÁRIO - pessoa versada em negócios comerciais.
Não conseguindo libertar-se da capa de empresário, Guebuza transforma a República numa empresa holding: MOÇAMBIQUE, SA, na qual assume o cargo de PCA com vários pelouros dependendo directamente de si.
Guebuza, como refere o editorial do “Domingo”, “… profundamente crente nas possibilidades de o povo se erguer, por si mesmo, em desenvolvimento sustentável…”, ou seja, confiante na auto-suficiência do povo, canaliza os recursos do Estado para projectos onde directa ou indirectamente tem interesses económicos (o povo não precisa, é auto-suficiente).
Os recursos que a Mavimbe, de Guebuza, e outras empresas e empresários foram buscar ao Tesouro e não pagaram, poderiam /deveriam ter sido aplicados pelo Governo na construção de muitas escolas, furos para a captação de água, postos de saúde, melhoria de outras infra-estruturas. Não foram.
Um Estadista, quando assume a MISSÃO de representar todo um Povo, tem de saber libertar-se dos interesses pessoais no mundo empresarial. Tem de colocar todo o seu saber e energias ao serviço do País: não pode fazer que delega a responsabilidade da gestão dos seus interesses empresariais a terceiros e, na prática, utilizar o Estatuto para reforçar o poderio do seu império económico.
Abraço,
Florêncio.
Bom, o incrível é haver jornalistas em pleno século 21 com mentalidade da idade média. Eu, ha bastante tempo que deixei de comprar o jornal domingo pela qualidade de pasquim que apresenta semana após semana. DEIXEM DE BAJULAR E TRABALHEM SEUS MALANDROS.
ResponderEliminarTenho a pré-certeza de que quem escreveu o editorial (pelo estilo talvez não seja difícil saber quem é) não se apercebeu de que, num ápice, fornecia aos leitores o que nem sempre se encontra nos manuais ditos de ciência política: a chave do funcionamento do Estado, no caso vertente, do Estado moçambicano. Até ao editorial do "domingo", creio que apenas Marxz tentou a caminhada em centenas de páginas. O editorialista do "domingo" apenas precisou de alguns parágrafos, coisa, sem dúvida, de génio.
ResponderEliminar> Mãozinha bajuladora … de quem percorreu os caminhos da fé, do jornalismo e do direito … agora incumbido de estimular o culto da personalidade de figuras como Dom Emílio e Dona Luísa.
ResponderEliminarFM
Na caminhada de centenas de páginas, pode ler-se a certa altura:
ResponderEliminar"Onde há partidos politicos, cada partido localiza a causa de tais males no facto de estar o partido contrário, em vem dele, ao leme do Estado.Mesmo os politicos radicais e revolucionários buscam a origem do mal não na própria natureza do Estado, mas sim numa determinada composição do Estado que eles pretendem substituir por outra composição.
Dito doutro modo:
"È preciso cerveja para os operários moçambicanos e vinho para os proletários franceses"