Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
01 dezembro 2007
Eugénio Chimbutane
16 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
O Eugénio quer c0mentar a posição do país no ranking dos bancos africanos?
ResponderEliminarDesculpe-me Prof! Ainda não percebi se o sr Prof quer que o Eugénio comente no blog seu (do Prof) ou no seu próprio (ao do Eugénio). Mas se o Prof quisesse que o Eugénio tivesse muita atencão ao seu pedido, acho que devia ter posto também no blog deste (racionalidade económica).
ResponderEliminarEspero que não o tenha ferido.
Reflectindo,
ResponderEliminar Os 120 milhões pagos pela CVRD nada têm a ver com o valor das reservas de carvão. Sobre essas reservas a empresa irá pagar os royalties á medida que for realizando a produção. Os 120 milhões foram pagos a título de compensação pelo acesso à informação e infra-estruturas disponíveis.
Sobre os Mega projectos em geral: todos estamos cientes dos seus vistosos efeitos a nível macro, embora menos relevantes em termos de impacto nos níveis de bem-estar da população, precisamente porque, como referes, estes grandes investidores conseguem negociar condições de excepção – em Moçambique e noutras partes do Mundo.
No caso da Mozal, que citas no texto, consta que: (i) importa a alumina da Austrália; (ii) junta-lhe a electricidade em Maputo; (iii) obtém os lingotes de alumínio para exportação; (iv) ficamos com o lixo que resulta deste processo tecnológico e seus efeitos ambientais; (v) recebemos em compensação 1% do valor da exportação + uns projectos de apoio às comunidades, aparentemente substanciais, considerando as nossas carências.
Há, naturalmente, efeitos importantes de alastramento sobre um conjunto de pequenas e médias empresas nacionais, para além do sinal aos investidores internacionais sobre o bom ambiente de negócios em Moçambique, condição essencial para novos projectos, de que precisamos.
Como bem sabes, mesmo os países mais desenvolvidos, concedem condições de excepção ao investimento estrangeiro. Em alguns casos, para além de isenções fiscais, subsidiam pelo número de empregos que criam, impacto nas exportações ou redução de importações, etc. Na prática co-financiam alguns empreendimentos. A concorrência na procura de capital é grande.
A nossa poupança interna é negativa – consumimos mais do que produzimos. Precisamos de mais e mais capital para o desenvolvimento. Fundamentalmente para o desenvolvimento rural, onde vive a maior parte da nossa população. Obviamente que o Investimento não vem pelos nossos lindos olhos, vem porque há aplicações com rentabilidades interessantes e risco moderado.
O fundamental, no meu entender, é que os nossos governantes tenham capacidade para analisar as vantagens e desvantagens de cada investimento – assegurar que se, enquadram nas políticas de cada sector. As boas decisões passam por competência técnica e capacidade negocial, pois “cada caso é um caso”. Há grandes fragilidades a este nível.
No tocante aos recursos não renováveis, entendo imperioso que o governo crie Fundos (do Carvão, do Gás natural, do Ouro, etc.), alimentados com parte das receitas dessas actividades e aplicados, nas regiões onde os recursos são extraídos, de modo desenvolver actividades económicas e sociais renováveis e sustentáveis, que compensem, com vantagem, a perda definitiva de determinado bem. Tais Fundos teriam que ser geridos e fiscalizados com muito profissionalismo. Diria mesmo que, terão que ser muito mais bem geridos, do que muitos dos Fundos actualmente existentes. Não basta criar o instrumento jurídico e regulamentá-lo; é preciso que os objectivos da sua criação sejam efectivamente alcançados.
Abraço,
Florêncio
Excelente!
ResponderEliminarProf. Serra, obrigado pelo destaque. Quanto ao ranking do BCI ainda estou a tentar entender o francês, não haverá nada escrito em Inglês. Vou também confrontar com os resultados da pesquisa bancária em Moçambique. Ainda não tive acesso ao relatório publicado no mês passado. Mas parece que segundo a KPMG o melhor por aqui é o BIM. Volto em breve para comentar o seu post.
ResponderEliminarAnónimo, acho que não interessa onde vai ser comentado (neste espaço ou no meu), depois criamos links. O que importa é o ponto de vista. Obrigado pela observação.
Florêncio, fizeste uma grande intervenção, é exactamente este tipo de interacção que precisamos para podermos melhorar cada vez mais os nossos pontos de vista. Volto também em breve para comentar o seu post. Em relação aos USD 120 Milhões e os royalties, acredito que tem que ter algo a ver com as reservas existentes (estudos conceptuais conseguem estimar isso), como disse no meu post ainda estou investigando. Estou a entrevistar alguns geólogos abalizados. Também estou a pesquisar essa questão dos benefícios “reais” dos megas no país. Dentre várias frentes da pesquisa, esta inclui entrevistas com trabalhadores que estão a trabalhar actualmente nos megas, assim como com trabalhadores que por várias razões abandonaram estas empresas. Etc. As reservas que estavam na área de concessão da CARBOMOC constituem também activos desta, por isso, para além da venda daqueles equipamentos obsoletos que a empresa tinha, etc., existe a "venda" desse activo, com um valor +/- próximo do VAL (valor actual líquido). Caro Florêncio, espero retomar este comentário ainda esta semana e conto mais uma vez com as suas achegas.
Nao resisto Florêncio. Ja me tinha ido embora mas voltei. é so para dizer-lhe Caro Florëncio que adorei o seu comentario. excelente.
ResponderEliminarsaudaçoes cordiais
Thank you Eugenio and Florencio for the comments.
ResponderEliminarMozambique may also wish to consider the experience of East Timor and its recently created Petroleum Fund*.
* http://www.iht.com/articles/2006/02/21/business/timor.php#end_main
Eugénio, use um tradutor online, é rápido e permite agarrar as ideias centrais.
ResponderEliminarObrigado.
ResponderEliminarVou tratar.
> Sim o Fundo do Petróleo de Timor, mencionado por Sir Baba Sharubu é um excelente exemplo a seguir para compensar o esgotamento de reservas de recursos não renováveis
ResponderEliminar> Trata-se de um excelente texto, visão de longo prazo fortemente defendida pelo antigo primeiro ministro, Alkatari.
> FM
Concordo.
ResponderEliminarEUGÉNIO, para Reflectir
ResponderEliminarSemanário “Domingo”,02/12/07, pág.7
“Joaquim de Carvalho nomeado administrador-delegado da TDM”
“O Conselho de Administração(CA) da empresa Telecomunicações de Moçambique, SARL (TDM) acaba de nomear o seu Presidente, Joaquim de Carvalho, para desempenhar igualmente as funções executivas de Administrador-Delegado.”
“A reformulação de funções nesta empresa é consequência de Salvador Adriano, anterior titular do cargo, ter sido eleito pelos accionistas para presidir ao CA da Moçambique Celular (mcel).”
“Na TDM, Adriano mantém-se como administrador, responsável pelas áreas de Marketing, Comercial, Sistemas de Informação e Anti-fraude”.
_______________________________
Como é sabido, a Mcel é uma empresa participada maioritariamente pela TDM.
Nas TDM o PCA Joaquim de Carvalho passa a ACUMULAR a função de Administrador-Delegado
Com a saída do Engº Fernandes, Salvador Adriano foi eleito PCA da Mcel.
Segundo o “Domingo”, Salvador Adriano ACUMULA as funções de PCA da Mcel com as de Administrador nas TDM responsável pelos pelouro: (1) de Marketing; (2) Comercial; (3 Sistemas de Informação e Anti-fraude.
Não ponho em causa a competência dos distintos PCA´s das TDM e Mcel.
Parece-me, contudo, que com este açambarcar de lugares, acumulação de funções e, obviamente, respectivos “bónus de acumulação”, estamos a cortar as pernas a gente nova ansiosa por mostrar o que vale.
Parece-me de ponderar sobre as vantagens e desvantagens de: (1) limitar a ACUMULAÇÃO de funções de Administração e Direcção no sector empresarial do Estado; (2) limitar o nº de mandatos.
De contrário, alguns Seniores, pouco habituados a descentralizar e aparentando alguma intranquilidade perante a concorrência, … não vão largar.
Um abraço
Florêncio
Obrigado Sir Baba.
ResponderEliminarFlorência, tanta carne para poucos caçadores. Essa das TDM é mesmo preocupante. Também já vi pessoas trabalhando aqui em Maputo(100%) mas sendo directores ou responsáveis em instituições ao nível provincial. Não sei como coordenam isto. Para além de abocanharem os empregos (que já temos falta por ai)perde-se oportunidade de treinar jovens quadros para o futuro e com grande potencial inovador. Caso mesmo para reflexão...Florêncio, tens blog?... Me escreva para trocarmos impressões: esalvchimbu@hotmail.com
Thank you Carlos, Eugenio, Florencio and others for the discussion on the funds. The pertinent link below has a good table on the major funds. http://en.wikipedia.org/wiki/Sovereign_wealth_funds
ResponderEliminarIt is not too early for Mozambique and other countries in Austral Africa to start thinking about the future generations.
> O Joaquim de Carvalho, por quem tenho consideracao, parece estar a precisar de reciclagem em termos de gestao empresarial.
ResponderEliminar> Esta de se ser PCA da Mcel, uma das mais importantes empresas de Mocambique, nao lembra so diabo
I would like to submit for your consideration one plausible simulation. The Fund for the Future Generations of Mozambique(FFG) has 4 billion US dollars. Because Mozambique has a population of circa 20 million, the approximate wealth per citizen would be 200 USD(5000 Metical). In the case of Tanzania, same size fund and the double of the Mozambique population, the wealth per Tanzanian would be 100 USD. The wealthiest citizens are those of Abu Dhabi(their Oil Fund started 1976): each Abu Dhabian is worth at least 1500000 USD !
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