Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
12 novembro 2007
MC Kapa: o azagaia de Angola
11 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Parabéns ao MC K.
ResponderEliminarvejam o ultimo post do patricio langa
ResponderEliminarIvione, oiça o trabalho no chapa do MCK...
ResponderEliminarMinhas colunas estão loucas. Fazem um ruído ensurdecedor. Escuto em breve.
ResponderEliminarObrigada. Vou visitar o blog do Patricio, parece que há algo relacionado. Até já.
Ivone
Caro Carlos Serra...
ResponderEliminarVejo que cada vez mais se envolve com o RAP... E por isso venho lhe aconcelhar a ouvir o rapper portugues VALETE, os albuns SERVICO PUBLICO (chegou a ser ligeiramente distribuido pela GPRO aqui em Mocambique)e o albun anterior, EDUCACAO VISUAL...
É uma referencia incontornável no RAP de qualidade e com conteudo.
O album do Azagaia está um show...já agora.
Saudacoes
Sim, ouvirei...
ResponderEliminarGPRO
ResponderEliminarTalvez o Dr. Serra se desinteresse pelos albums de Valete não só pelo conteúdo explícito, mas porque aquele é um esquerdista assumido e admirador do GRANDE Samora Machel, primeiro presidente de Moçambique e ex presidente da FRELIMO que parece ser um nó na garganta do professor.
Martin,
Mesmo sendo no na garganta, vale a pena ouvir Valete, suburbios e um dos temas interessantes. Parece que alguma juventude cansou-se de ser futuro e esta participar no presente na politica, fora dos lugares habituais da politica. Precisamos mais.
ResponderEliminarPara que o Dr. Serra saiba o que lhe espera vai ai uma LETRINHA de Valete (eliminei o "conteúdo explícito")
ResponderEliminarMartin,
Eu cresci num quarto trancado com livros de Marx e Pepetela
Alimentado por parágrafos de Nelson Mandela
Foi esta a fonte do ódio que agora já não escondo
Este foi o som que inalei na voz de Zeca Afonso
Ninguem me separa deste guevara que tenho em mim
e podes ver na minha cara a raiva de Lenine
Eu choro este sangue que devora o espírito
e choca os mais sensíveis e torna-me um monstro como Estaline
Valete a.k.a Ciclone Underground, nigga
O filho do bastardo da vossa opressão, nigga
Eu tenho nos meus olhos a cor da insurreição, nigga
Sou como Malcom-x com o microfone na mão
Eu desenterro vítimas de genocídio capitalista
E levo mais comigo para a rebelião
Eu sou o primeiro a marchar para esta revolução
Tu és o primeiro a bazar na hora da intervenção
Eu vim para ressuscitar Lumumba, Ghandi e Arafat
E os nossos homens de combate através desta canção
Pai, eu tatuei no meu peito a Tua imagem
Para respirar através dela a Tua batalha e a Tua
coragem
Hoje eu trago nos meus braços a Tua alma e a Tua
mensagem
E as escumalhas não sabem que jamais irão levar
vantagem
Nós vestimos a farda de Xanana
E levamos drama do terceiro mundo à casa branca
Desfilamos com a mesma gana que tropas em Havana
E com a resistência suburbana desta convicção cubana
Toma, esta ira psicopata deste filho de Zapata
Activismo de vanguarda é o registo de som
Eu trago a obstinação com que Luther King abalou
E a mesma solução todo o meu people sonhou
Eu sou aquele mundo novo que Bob Marley cantou
Esboço desse sofrimento todo meu povo guardou
(Refrão)
Eu sigo este caminho que o ódio abriu para mim
E serei um dos guerreiros que aplaudirão no fim
Este é o som da revolução que em breve chegará
Eu sou anti-herói, que nunca se renderá
Eu sou um dos filhos deste mundo que a Luta inspirou
No mesmo trilho da mensagem que Cabral deixou
Esta é a voz da justiça que um dia se afirmará
Eu sou o anti-herói que o povo aclamará
Enquanto eu me enveneno com este rancor
Vou pondo balas no carregador para abater esses
opressores
Esta é a missão dos peronistas, que eu assumi na hora
Com a determinação que herdei da minha progenitora
Ninguém pára a frente armada que eu comando agora
Combate a escória na alvorada como fez Samora
Eu trago nesta oratória a história dos filhos que
viram a morte inglória dos pais
E que hoje anseiam desforra
Na Palestina, no Cambodja, Vietname, Angola
No Iraque, Na Somália, Afeganistão e Bósnia
Esse é o grito desse mundo que chora e implora
Pela justiça dos homens porque já viram que Deus não
acorda
Vítimas de quem fez de todo o mundo seu património
Da hipocrisia assassina do FMI e da ONU
É o povo anónimo cobaia de liberalismo económico
Que sai das amarras eufórico para combater o demónio
Eu sou aquele que vocês chamaram de fundamentalista
Quando eu disse que era um trotskista belicista
Posicionei-me assim contra a América imperialista
Aqui está o vosso kamikaze terrorista
Farto de vos ver sentados, manipulados
Por uma televisão que vos deixa impávidos e
formatados
Asnáticos inconformados, fechados e enganados
Otarios e atrasados, inválidos e atordoados
Nós estamos do lado contrário nesta jornada cheia de
gente angustiada
Traumatizada por um passado onde foram pisadas,
martirizadas
Apedrejadas, excluídas, extorquidas, extropiadas
Cuspidas
Por uma brigada Desalmada de parasitas
Que devastaram arrasaram vidas
E agora vão pagar com a descarga
Desta entifada criada pelos homens que vocês flagelara
E sobraram com guerra para vingar aqueles que não ficaram
(Refrão)
Eu sigo este caminho que o ódio abriu para mim
E serei um dos guerreiros que aplaudirão no fim
Este é o som da revolução que em breve chegará
Eu sou anti-herói, que nunca se renderá
Eu sou um dos filhos deste mundo que a luta inspirou
No mesmo trilho da mensagem que Cabral deixou
Esta é a voz da justiça que um dia se afirmará
Eu sou o anti-herói que o povo aclamará
Martin
Olá a todos! Bem, prosseguirei ouvindo e registando coisas fascinantes. Abraço a todos!
ResponderEliminarMartin, olhando na letra do VALETE, o quê é que resta na Frelimo? A Frelimo é esquerdista? De que modo? A Frelimo não é capitalista? Como não? A Frelimo não faz terror? como? quem asfixia dezena de cidadãos, e mais mortes provadas ou que se negam provar...
ResponderEliminarAinda bem, Martin, ajude-nos e bem.