Outros elos pessoais

28 novembro 2007

Joaquim Fumo - entrevista (5) (retrato do país) (fim)

Carlos Serra: podes fazer um pequeno retrato do país hoje?
Joaquim Fumo: em meu entender o país está a registar uma evolução positiva. Nos últimos 10, 15 anos, foi preocupação do poder político adoptar mecanismos institucionais, desde o regime democrático ao modelo económico neo-liberal, para acomodar a conjuntura política nacional e mundial. Tratou-se de uma fase de busca de uma legitimidade externa da governação perante os olhos do FMI e Banco Mundial.
Actualmente - em particular na governação de Guebuza -, embora se esteja a aprofundar este legado a grande preocupação é a legitimidade interna da governação. Para um observador atento o combate ao deixa-andar e ao carácter neo-patrimonial do Estado é, sem dúvida, uma tentativa de contratualização das relações sociais entre o poder político e os cidadãos. Todavia temos ainda uma longa estrada. Vejo o futuro do país com algum optimismo, o que não significa que esteja tudo a correr bem.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.