Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
27 novembro 2007
A guerra das turmalinas em Báruè
10 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Boa Tarde
ResponderEliminarTinha muitas pedras dessas: apanhavam-se.
Não o tenho "visto" há muito tempo, embora leia os seus posts.
Também tenho andado ocupado em diversas polémicas e compromissos políticos, científicos, filosóficos e profissionais. Um abraço atlântico
Professor Carlos Serra, se me permite gostaria, no âmbito da sugestão de Agry, de lhe sugerir alguns temas para debate:
ResponderEliminar(1) O que é que o país pode fazer para impedir que o processo de investimento privado em curso (nacional e estrangeiro) leve à perda das terras por parte dos camponeses?
(2) Existe alguma maneira de que os recursos minerais (e eventualmente os petrolíferos) se constituam em factores de surgimento e consolidação de uma classe de proprietários (e trabalhadores) moçambicanos? Como impedir que só estrangeiros tirem proveito das nossas riquezas do subsolo?
Claro que o Professor pode reformular as perguntas. Tanto pode coloca-las para debate em conjunto, como pode coloca-las separadamente.
Estes pontos me surgem porque nós, neste blog e em outros foruns, nossas discussões concentram-se no acessório. Estamos mais preocupados com as instituições, as leis, as mudanças de governo, do que com as relações de propriedade, por exemplo.
A posse da terra, o controle dos recursos minerais e petrolíferos vai determinar como o que hoje primordialmente nos ocupa, há-de funcionar no futuro.
Corremos o risco de que as nossas leis, as nossas instituições, os nossos governos venham, cada vez mais, a ser condicionados por poderes estrangeiros.
Este espaço demonstrou que o país já possui uma massa crítica de sociólogos, juristas, economistas, demógrafos, geólogos... que permitiriam esmiuçar de uma maneira multidisciplinar estes assuntos. Por exemplo, poderíamos pegar a lei mineira (existe?) ou a lei dos petróleos (existe?) e tentar ver se está desenhada de moldes a defender os interesses da nossa terra e das suas gentes.
Obed L. Khan
O seu discurso está desde logo minado: repare nos suas últimas frases! Reclama um poder que não salvaguarda os interesses dos menos favorecidos. Burocracia, mais burocracia... e nacionalismo barato!!! Se reparar, eu estou muito atento ao poder cleptocrático (ladrões). Além disso, não questiona a sustentabilidade dos ritmos actuais e o tipo de sociedade que desejamos para o futuro. A Terra não é inesgotável... Aliás, dá sinais fortes de esgotamento.
ResponderEliminarCumprimentos
A verdade é que critica o Ocidente mas pretende ser como o Ocidente actual. Marx dizia que o capitalismo não tem nacionalidade e tinha muita razão: a questão dos proprietários é irrelevante. O inimigo está nas suas propostas. Pense mais sobre o assunto.
ResponderEliminarLá está! Quando se pensa numa discussão que leve a uma melhor gestão dos nossos recursos lá vem a acusação de que queremos ser como o ocidente.
ResponderEliminarSr. Saraiva, qual é o problema de sermos como os ocidentais? Qual é o problema de haver entre os africanos proprietários, trabalhadores, ricos e pobres como acontece no ocidente?
Ou o sr. Saraiva sugere que aqui, para sermos diferentes do ocidente, apenas deveríamos ser empregados? Porque só fala de Marx quando começamos a falar em sermos proprietários? E não fala quando vivemos na marginalidade, com os nossos recursos a serem sistematicamente monopolizados por estrangeiros?
Gabriel Matsinhe
Sejam Ocidentais, mas nesse caso os proprietários não interessam: o capital é capital. Os gestores, esses é que devem ser vigiados...
ResponderEliminarSobre as propostas feitas e que agradeço: pensarei nelas e em outras à medida que for, nos próximos 12 meses, afinando o modelo que aqui uso.
ResponderEliminarHá coisas que me deixam desmoralizado. Uma delas é falta de resposta à importantes perguntas. Somos muitos que seguimos as discussões e a julgar uma pequenina parte é comenta.
ResponderEliminarOra, sobre a questão de capital, Marx, Ocidente agora em discussão, há duas perguntas atrás não respondidas:
A primeira é ao Martin de Sousa que gentilmente postou a Letra de Velete. Em que contexto a Frelimo, sobretudo a actual, cabia naquela letra?
A segunda, foi o Celso Matsinhe que perguntou se Gabriel Matsinhe era sócio do Leonardo Simão.
Saudacões.
Obrigado pela atenção Professor. Obed L. Khan
ResponderEliminarOs europeus ficam muito nervosos quando os africanos se preocupam com os seus próprios interesses. Ficam ainda mais preocupados quando começam a dizer que os seus recursos deveriam beneficiar, em primeiro lugar aos próprios africanos. Chamam a isso nacionalismo barato.
ResponderEliminarQue tipo de nacionalismo é aquele que a Europa pratica, destinado a impedir a entrada dos africanos na Europa, não para aerem proprietários, mas para se empregarem? Até inventaram um outro nome para a tendência milenar do homem para a migração. Já não é migração mas sim TRÁFICO HUMANO!
O pior é que nós os africanos nunca paramos para pensar: PORQUÊ DE REPENTE JÁ NÃO SE FALA EM MIGRAÇÃO MAS EM TRAFICO HUMANO? É evidente que o objectivo é estigmatizar essa tendência universal e desencorajar os africanos de irem lutar pela vida no ocidente.
No entanto os aviões do ocidente para África estão sempre cheios! No mínimo deveria haver igualdade de circunstâncias.
Para o anónimo: Sim, sou sócio de Leonardo Simão. Há algum problema nisso?
Gabriel Matsinhe