Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
07 novembro 2007
Custódio Duma: há escravatura em Moçambique
4 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
A moderna escravatura é um negócio e uma forma de acumulação de riqueza. Falta a vontade política pela responsabilização dos actores ligados a exploração de adultos e crianças, trabalho forçado ou outras formas de escravatura no país. A nossa justiça é fraca, faltam também recursos financeiros, infra-estruturas, até capacidades de investigação. Não posso lembrar-me que um só violador do Artigo 4° da Declaração Universal dos Direitos Humanos jamais foi processado no país. Ninguém se admira. Ninguém se preocupa. Porquê as coisas andam assim. Acho que existe uma amnésia colectiva que se traduz num desinteresse comum relativo as realidades da escravatura em Moçambique.
ResponderEliminarNo seu blog Júlio Mutisse dá os parabéns a Inspecção Geral do Trabalho pelo que esta instituição tem feito em prol da massa laboral moçambicana.
ResponderEliminarPode ser que a IGT ainda não tenha feito 40% do trabalho. Mas o que já foi feito agora mostra que alcançaremos o objectivo de proteger a legalidade laboral.
A tarefa da defesa da legalidade laboral foi entregue à IGT por lei. Mas todos nós somos responsáveis pela defesa da legalidade. Os que a sofrem na carne e os que tomam conhecimento dela.
Infelizmente muitos de nós nada mais fazem se não multiplicar a ideia que isto está um caos. O pobre do Siuta (inspector geral do trabalho) debate se com todo o tipo de carências para levar avante o seu trabalho incluindo a ignorância da lei por parte de muitos concidadãos.
Mais do que ir a imprensa por a boca no trombone sobre as "escravaturas" moçambicanas, comecemos por dar nós mesmos o exemplo, pelo tratamento que damos às nosssas empregadas domésticas.
Leiam o artigo de fundo hoje do Salomão Moyana no "Magazine Independente".
ResponderEliminarCorroboro com o Carlos que seria que se leia o artigo de Moyana. E' directo e incisivo quanto a esta situacao.
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