Não é a primeira vez que se estabelece uma relação de causa a efeito mágico entre estrangeiros e locais. Assim, recentemente, apoquentados com a criminalidade, residentes do bairro T3, igualmente sito no município na Matola, acusaram cidadãos do Zimbábué e dos Grandes Lagos "de se transformarem em gatos, ratos e cobras para violarem mulheres na calada da noite e matarem cidadãos com o fito de lhes extraírem o sangue para operações mágicas."
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
19 novembro 2007
A cobra "feiticeira" de Singathela
Não é a primeira vez que se estabelece uma relação de causa a efeito mágico entre estrangeiros e locais. Assim, recentemente, apoquentados com a criminalidade, residentes do bairro T3, igualmente sito no município na Matola, acusaram cidadãos do Zimbábué e dos Grandes Lagos "de se transformarem em gatos, ratos e cobras para violarem mulheres na calada da noite e matarem cidadãos com o fito de lhes extraírem o sangue para operações mágicas."
5 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Que mania temos de estabelecer uma relação de causa a efeito mágico. Lembro de uma vez ter feito um exercício( que recomendo a qualquer um que queira testar essa relação). Num belo dia depois de almoçar decidi, juntar o resto dos ossos de frango e ata-los com umas linhas coloridas. De seguida e sem que ninguém me visse pendurei num ramo da mangueira que dava para estrada, onde os miúdos passavam lá para tirar uma manga. O inesperado aconteceu, desde esse dia que ninguém teve coragem de tirar lá mangas sem que fossemos nós os donos da mangueira. Porque aconteceu isso? Simplismente pendurei aqueles ossos amarados com linhas giras e mais nada! De certeza que as pessoas ficaram convencidas que as mangas daquele ramo tinham um feitiço e quem se atrevesse a come-las ou arancar...Nem sei o que iria acontecer porque não havia feitiço nenhum....
ResponderEliminarMeus avôs já me diziam para não apanhar cajú caído na machamba do vizinho pois todos vizinhos lançavam um feitiço nas suas machambas para que ninguém fosse lá roubar a sua colheita.
Oh, Wetela, amei isso!!!!
ResponderEliminarWtela: há uns anos atrás, apareceu uma cabra no campus da UEm, tinha um saquinho negro com algo dentro amarrado ao pescoço. Acredita que andou por ali dias seguidos sem que alguém ousasse tocar-lhe? Acho que foi preciso uma medida de "urgência" para levar o bichinho para sítio mais adequado.
ResponderEliminarLembro me sim Professor, nessa altura o professor da cadeira sugeriu-nos que fizessemos um ensaio sobre o caso da cabra, foi interessante.
ResponderEliminarJustamente.
ResponderEliminar