Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
10 outubro 2007
Ambulantes/polícia: a luta continua em Maputo
12 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Esta luta será como agradar grejos e troianos...algo impossível. Não seria melhor o conselho munincipal organizar um espaço ou mercado apropriado para tal...pelo que eu sei em toda parte do mundo existe um pouco de vendedor ambulante. Acho que a ideia de se criar o mercado do zimpeto foi positiva e resolveu-se o problema dos camiões...será que não se pode sentar a mesa e pensar neste caso em vez de gastar meios e fundos a por os pobres policias a correr atras dos pobres ambulantes?...
ResponderEliminarTanto quanto o CM deixa transparecer, os contactos com os vendedores têm sido múltiplos. Aparentemente, parace ser mais rentável vender ambulantemente do que fixamente nos mercados. Mas não tenho qualquer dúvida de que estamos perante um sério problema social. Tirando os produtos hortícolas, creio que a maior parte dos produtos à venda é oriunda das casas comerciais de Maputo, incluindo as xicalamidade. Atacamos a juzante e pomos entre parêntesis o montante.
ResponderEliminarAcho que o municipio devia considerar, aprofundar ou enriquecer a sugestão de Pfumo. Em alguns locais, os vendedores informais não param por temer a acção dos guardas e parece que com uma responsabilização legal aos proprietários das lojas, tesidencias etc, como sugere Pfumo algo melhoraria, desde que isso não significasse descanso para o municipio.
ResponderEliminarjorge saiete
O problema central está menos nos vendedores ambulantes do que nas casas comerciais a grosso e a retalho que colocam na rua os produtos em Maputo. Estarei enganado?
ResponderEliminarClaro que não está enganado professor! Sabendo que os comerciantes formais são os patrões dos informais, o desafio agora, reside na identificação das suas motivações. Será a aproximação ao comprador? Fuga ao fisco? Vontade de sujar a cidade? Necessidade de dar emprego a juventude desamparada (COMO FORMA DE COMBATE A POBREZA ABSOLUTA)? Quais as motivações dos formais?
ResponderEliminarConhecidas as motivações facilmente poderemos procurar soluções, pois cegamente caimos sempre na pobre ASPIRINA.
Jorge saiete
Sim. Na imprensa o vendedor ambulante aparece claramente como o inimigo.
ResponderEliminarE como eki legalmente o Municipio vai poder provar que produto A ou B vem da Loja do Nathu Trikirini?
ResponderEliminarExistem leis, existem normas que devems er cumpridas. Se contornar essas leis ou normas facilitam a vida de cada um de nos, isso eh outra questao.Mas se as normas regem que nao se deve praticar tal tipo de negocio, entao que se haja. A CMCM estaria a ser ingenuo se nao tomasse medidas.
Estou certo de que existem inumeros problemas sociais,tais como o desemprego, mas ainda nao me convenci de que tolerar a este tipo de desordem urbana seja uma forma de resolver parte desses problemas sociais. Sera que ao acabar-se com a invasao dos passeios, estar-se-a a criar outros problemas? Sera que esses problemas sao maiores do que os criados pela desordem urbana? O Tantas perguntas poderia aqui colocar, mas uma coisa tenho na mente..NAO EH PORQUE O NEGOCIO DA DROGA ME ENRIQUECE FACILMENTE E ME RESOLVE TODOS OS PROBLEMAS, QUE SE DEVE TOLERAR O MESMO. TODOS NOS SABEMOS DOS EFEITOS DA DROGA. E porque nao termos uma analise similar e relacao ao vendedores dos passeios?
O exercito de Municipes que vive incomodado com o Bossalismo Urbano que se instalou em Maputo, eh muito bem maior que um punhado de vendedores que serve interesses de outrem. E quem cuida dos interesses desses municipes que querem uma cidade limpa, agradavel, segura..etc..?
Pro-Municipio
Pronto, pronto!!! Aqui fica a sua opinião, que merece ser tida em conta e discutida.
ResponderEliminar Comiche tem-se concentrando na resolução dos problemas estruturais, resistindo à tentação de medidas meramente cosméticas.Tem sabido usar a sua credibilidade internacional para obtenção de recursos para obras essenciais.
ResponderEliminar Comiche sabe bem que o grande peso do informal é um problema económico e que estes não se resolvem com medidas administrativas: vamos ter uma cidade para “inglês ver” com menos ambulantes.
Porém, uma boa parte destes ambulantes - que hoje operam como agentes de comerciantes da praça, recebendo uma comissão sobre as vendas - perderá a clientela da cidade de cimento, deixará de ter “emprego” e, provavelmente, alguns engrossarão a turma da delinquência. Esperemos que não.
Como um dia disse Winston Churchill: “ A estratégia é bela, mas o que interessa são os resultados”. Resta-nos esperar para ver… se o tratamento não será mais doloroso que a doença.
Florêncio
Sim, vamos aguardar, mas creio que os guerrilheiros da quinquilharia vencerão.
ResponderEliminarConcordo com o Professor, se bem que acho que eles estão vencendo. Se formos a reparar nas estatísticas produzidas pelo INE, o sector informar é o que movimenta a mairo parte da massa monetária no país e em particular na nossa cidade.Por isso, acho que o CM deve sim se preocupar em organizar esse comércio. Hoje temos formalizada a associação dos mukeristas que também faziam negócios ambulantes...Hoje são esses mukeristas que fornecem e abastecem a maior parte dos nossos mercados e mercearias. Por isso insisto na ideia de que o CM deve sentar em assembleia e estudar como resolver ou como enquadrar estes querrilheiros da quinquilaria no meio urbano sem perturbar a ordem e saúde pública.
ResponderEliminarBoa Tarde!
ResponderEliminarTalvez a palestra de sexta feira-16.10.09 no Complexo Pedagógico(Campus Universitário-UEM),anfiteatro 2501 às 14:45, subordinada ao tema: ISPC-Imposto Simplificado para Pequenos Contribuintes-"Incentivo ou não para os pequenos contribuintes?", nos ajude a perceber o que Governo pensa e esta a fazer de forma a incorporar o sector informal na "legalidade".
Anónimo