Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
16 setembro 2007
A sub-república de Moçambique
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Agradeço ao Florêncio e ao autor de Reflectindo sobre Moçambique a chamada de atenção para esse trabalho feita aqui.
10 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Xi mano Duma tem boa máquina fotográfica sim senhor.
ResponderEliminarIsso é história para se ganhar dinheiro com ONGS. A pobreza reduziu no país e vocês devem saber reconhecer isso. Tenho dito.
ResponderEliminaré como Duma diz, população para estatísticas.
ResponderEliminarDe forma simplista: ASSIMETRIAS!
ResponderEliminar Já na era do socialismo se referia Maputo como sendo a “NAÇÂO” e o resto províncias (A República e as sub-repúblicas de Custódio Duma). As ineficiências eram sistematicamente justificadas com o aguardar de orientações da “Nação”. Qualquer “dirigenteco” da “Nação” exigia tratamento VIP nas províncias.
Ao longo dos anos, as receitas de exportação do país: castanha, algodão, camarão, madeiras, mão de obra para as minas, serviços dos portos e caminhos de ferro, etc., foram sendo maioritariamente absorvidas para o desenvolvimento da “Nação” – hoje uma cosmopolita cidade – pólo de atracção de investimentos, como bem mostra o seu peso no PIB nacional, da ordem dos 80%: Moçambique é Maputo (A Nação); o resto é paisagem!
Do alto de seu palanque, os donos da “Nação”, em vez de contabilizarem esta cedência de recursos como um empréstimo, entenderam considerá-la um presente dos súbditos, sub-repúblicanos: 90% da população a ceder parte da sua riqueza aos 10% que globalmente constituem a “Nação”.
Os donos da “Nação” esqueceram o mais elementar princípio contabilístico: “quem recebe, deve!” Hoje, quando as sub-repúblicas reclamam por escassez de infra-estruturas, por terem factores de produção mais caros, combustíveis por exemplo – essenciais para o desenvolvimento económico – ouvem a “Nação” argumentar: que culpa temos nós que vocês fiquem mais distantes dos Portos através dos quais recebemos os combustíveis importados, que tenham más vias de comunicação? Têm de ser competitivos; ou pagam os custos reais ou não vale a pena produzir.
Os donos da “Nação” ignoram que as sub-repúblicas não estão a mendigar nada! Estão apenas a alertar que é tempo da “Nação” honrar seus compromissos: pagar o que deve, porque já recebeu.
Vá lá, donos da “Nação”, registem o que devem num “Fundo para a Equidade Nacional” e, através duma rigorosa gestão, mantenham o preço do combustível igual a nível nacional: em vez de, por hipótese, a “Nação” pagar 30MT, a sub-república “A” 32MT, a “B” 34, a “C” 40MT, como hoje acontece, paguemos todos 35MT. É uma questão de justiça social, com fortíssimas implicações no desenvolvimento do país global.
A correcção das assimetrias regionais – que faz de uns filhos, doutros enteados - exige políticas públicas realistas, ajustadas a nossa especificidade.
Florêncio
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PS É deprimente vermos o Ministro da Saúde - como vimos em Pebane (TVM) e noutros distritos e localidades das sub-repúblicas deste país - a ouvir a população dizer que não tem as mais elementares condições nos hospitais regionais e postos de saúde, que não têm ambulância, ou quando existe é frequente não haver combustível para o seu funcionamento.
É desolador ouvir o Ministro prometer que vão fazer esforços para melhorar, como se só naquele momento se tivesse apercebido de tão desconfortante realidade. É como se toda aquela população pertencesse a outra galáxia.
Obviamente que não é possível a curto prazo dar condições de unidades de saúde de 3 estrelas em todo o país, mas -1 é confrangedor, um atentado à dignidade humana! Os donos da “Nação” precisam de ampliar o ângulo de visão; estão demasiado concentrados no próprio “umbigo”.
Custódio Duma, o seu blog tem algum espaço para cometários? Se não, seria melhor colocar um espaço. Também devias melhorar a coloração das letras...
ResponderEliminarGrande figura, Marcus Garvey, está associado ao movimento Ras Tafari (Bob Marley e Haile Selassie- mentor da OUA actual União Africana), que também lutou pela afirmação do negro. Estas figuras são daquelas que por tanto pregarem a verdade, igualdade e justiça, acabam sendo marginalizados e suas obras enterradas no buraco mais profundo possível.... We Don´t Care about Peace, but Equal Rights and Justice.
Oi Eugénio Chimbutane
ResponderEliminarO blogue do Custódio Duma tem sim um espaço para comentários. O que não sei é se ele conhece e visita o Diário de um sociólogo para cá acompanhar o debate que tanto ele deseja.
Vou fazer o caso de lhe avisar.
Refletindo, peço seu e-mail. Se tiver do Duma pode me mandar, ou pedir a ele. O meu é: esalvchimbu@hotmail.com
ResponderEliminarOi Eugénio,
ResponderEliminarEstive no blog do Custódio Duma e notei que para este tema e os antigos, há comments, embora quase invisível. Para os novos artigos não há nada. Por isso a sua observacão é importante.
Já escrevi para ele e ainda tanto por e-mail como no blog.
Envio-lhe já o endereco dele por meu e-mail.
Oí Eugénio
ResponderEliminarJá recebeu o e-mail do Custódio?
Recebi, muito obrigado.
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