Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
02 setembro 2007
O que falta no nosso romance
3 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Caro professor,
ResponderEliminarMuito respeitosamente, falta tudo isso e muito mais, pois apesar de concordar e compreender o que escreve, e assinar em baixo... a meu ver, o nosso leitor não quer apenas ler historias de desgraças, de vidas difíceis, de tudo o que focou e muito bem… ainda não encontrei um moçambicano que inventasse um romance ancorado numa familia cheia de hisotira, daquelas cheias de personagens interessantes, gente elegante, gente pobre de espirito, gente inteligente, gente boa e gente má, uma historia passada numa casa fenomenal, cheia de carros de ultimo modelo, muitas viajens, contas nas Mauricias e poder, muito poder, das cores das acácias, da vida das ruas, do marisco, do melhor dos vinhos em copos de cristal, do branco das paredes dos altos muros dos chalés de praia, um romance de verão que nos fizesse lembrar as palmeiras na baia dos cocos, mergulhos ao por do sol, da matapa da mãmã Telma, da loucura de uma marrabenta á volta da fogueira, das cestas depois do almoço, de um embondeiro esquecido num mato a ser engolido por maquinas das minas de... epá, mas temos tanta coisa ainda para falar! Onde estão os nossos inventores de historias Srs? Temos materia para tanto romance! Eu continuo á espera...
Cumprimentos,
SF
Também partilho o que diz. Num destes dias talvez eu procure analisar esta ausência de romancistas do "realismo"(certamente um termo todo "démodé"), seja ao nível que proponho, seja ao nível que propõe (e, aqui, quanta falta um Henri Lopez!). Talvez eu procure analisar a fixação narrativa permanente por um certo fantástico.
ResponderEliminarPoque precisamos de romances realistas, se o cotidiano para cada Mocambicano e fantastico?
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