Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
20 setembro 2007
O que devemos fazer a quem rouba? (2) (continua)
10 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Este espírito vem com certeza de casa. Pergunta: Quantos professores estarão preparados para enfrentar esta mentalidade?
ResponderEliminarComo viu, um problema complicado. Mas é um problema poliédrico, com muitas coisas a ter em conta. No nosso segundo seminário de 14 de Novembro sobe linchamentos tentaremos, eu e a minha equipa, mostrar isso. Abraço.
ResponderEliminarSera espirito que vem de casa? Sera que se voce tem um filho drogado, uma filha prostituta, um ladrao em casa devemos logo inferir que isso eh resultado da educacao caseira?
ResponderEliminarSe assim for, entao primo Jhon ta na Droga por culpa do tio Manel.
Eu na creio que seja tao linear assim. Claro que as familias tambem tem uma responsabilidade. Mas quantas familias sentem-se impotentes perante tanta ma influencia da sociedade em que vivemos? Quantos pais nao se vem incapacitados de assumir o seu papel de pai, educador, chefe de familia porque os problemas com que se confrontam no dia a dia sao tantos que nao lhe permitem estabilidade moral, emocional??
E de quem eh a culpa? Minha?? Sua??Nossa??
PP
Leia o meu último comentário mais acima. E repito: tempo haverá para tentar uma análise integrada...Vá opinando, por favor.
ResponderEliminarJá que aqui se fala em violência, crime e drogas, devo dizer que as toxicodependências e o crime são as áreas que mais me fascinam enquanto socióloga.
ResponderEliminarE devo dizer que muitas das atitudes e dos comportamentos desviantes dos jovens se devem não somente à sociedade em que estão inseridos, que até pode propiciar a existência de subculturas desviantes, como também se deve em muita boa parte à educação e exemplos familiares.
Fiz o meu estágio curricular numa instituição de reabilitação de toxicodependentes(alguns dos utentes também tinham passado criminal) e sei, e também li muito sobre o assunto, que uma das causas que leva muitos destes jovens a optar pelo desvio é a educação a que são sujeitos, seja uma educação demasiado autoritária ou uma educação demasiado permissiva. Assim como o facto de haver um familiar que também consome drogas ou que rouba ou procede a outro tipo de crime, pode ocorrer que os seus descendentes sigam a sua trajectória.
Há todo um conjunto de factores individuais, familiares e sociais que podem explicar o que leva um indivíduo a adoptar um comportamento desviante ao invés de cumprir as regras e normas estabelecidas em sociedade.
Sim, sim. Mas creio que somos nós a criar o "desvio", a "desviá-los", a criá-los como "desviantes". O que acha, Helena?
ResponderEliminarSim, é de todo verdade. A sociedade somos todos nós, logo todos nós, seja mais directa ou indirectamente, contribuimos para que o crime se propague e(infelizmente) se legitime. A subcultura desviante é uma cultura dentro da cultura, nós criamos a sociedade em que vivemos...
ResponderEliminarCá por mim nunca trabalhei com toxicodependentes. Mas, sabe, uma vez pus uma assistente minha a viver um mês num hospital psiquiátrico e o que ela me contou e escreveu depois deixou-me para sempre interrogante sobre as normas da normalidade da normalização (para escrever á Bourdieu).Olhe,a propósito, escreva "helena monteiro" no "pesquisar neste blog" e leia a postagem "deus é como numa saudade", escrita por ela.
ResponderEliminarTambém Goffman nos dá um bom retrato da vida num hospital psiquiátrico!
ResponderEliminarIrei ler o texto que me sugere. Obrigada!
Desculpe, Helena, meti por erro aqui uma postagem destinada a uma outra...Vou apagar.
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