Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
21 setembro 2007
Mandiocar o país
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A ideia não é nova e a experiência foi tentada na era colonial. E não vingou. Tenho para mim que esta seria uma excelente oportunidade para interrogar os cidadãos, para referendar a mandioca. A minha experiência de investigador mostra-me que em vários pontos do país a mandioca sempre foi recusada na alimentação. Não é uma questão de obstinação gustativa: é simplesmente uma questão a não esquecer. Mandiocar a vida pode trazer problemas.
2 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Isso mesmo. Seria melhor apostarmos na produção do trigo. Também não me cai bem essa ideia de pão de mandioca. Para além de que temos que criar uma economia real, economia de produção. Isso iria contribuir para queda da inflação, maior estabilidade cambial, maior poder de compra, e bem estar da população.
ResponderEliminarFalando de produção, não seria enquadrar a produção do trigo na letra da nova música: revolução verde? Falando sério, agora. Dizem que existe potencial para a cultura de trigo em alguns distritos de Moç. Por ex., em Manica. Há dias estive em Sussundenga, e constatamos que no passado produziu-se trigo na região. Um dos constragimentos apresentados pelos camponeses foi a falta de insumos e sistemas eficazes irrigação, para além da falta de mercado (ou seja, ninguém se preocupou a ajudar os camponeses comercializar/ a fomentar a cultura), por isso pararam de produzir.
E a Jetrofa, como terminou???? E o distrito, continua polo de desenvolvimento? Como vão os 7 milhões, estarão a mudar a vida das populações?
Em fim....
Para mais debate a volta do pão de trigo/ Mandioca, veja aqui "Pão de Mandioca!" do dia 18/09/07. www.circulodesociologia.blogspot.com/
Obrigado, Eugénio. Já se produzia trigo em Moçambique no século XIX...Como sociólogo, estou interessado nas reacções populares. E estudei um pouco essas reacções concernentes à era colonial.
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