Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
14 setembro 2007
Ainda a conspiração encontrada por Vieira
16 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
A abordagem frontal de temas e/ou pessoas intocáveis revelam uma verticalidade e uma coerência
ResponderEliminarinvulgares.
Estou na meta final de uma tarefa pessoal de todo inadiável.Logo que concluida,entrarei em contacto consigo para prosseguir este brevíssimo comentário
Que bom, Prof Serra, em nos recordar as declaracões do coronel da reserva Sérgio Vieira e já não é o Zambeze. E, podemos de facto navegar nos Hermes da Pandora, e, não serão eles os donos das empresas das segurancas?
ResponderEliminarAinda não foi feita a história do país, especialmente a do pós-independência, mais especialmente ainda aquela do pós-Machel.
ResponderEliminarXamuáli, sabe mano Vieira pensa que rio Zambeze é só dele ele tem muitos olhos.
ResponderEliminarQualquer pessoa pode ter uma empresa de segurança. Que mal há nisso? Tenho dito.
ResponderEliminarboa questao Tivane. apoiado
ResponderEliminarA quem Tivane e seu sócio pergunta? Ao coronel da reserva é mais apropriado, com certeza.
ResponderEliminarJulgo já conhecer os seus nobres predicados democráticos, ó Tivane. Mas o meu ponto não é esse. Releia o que escrevi.
ResponderEliminar:)
ResponderEliminarafinal a quem interessa a erosao da policia?
Quem quer aumentar a clientela na sua empresa de segurança? Eu noa sou de certeza! de Sera uma “certa comunicação social"? Serao "alguns elementos da sociedade civil"?
Lol, lol, lol,
Tio Vieira, penso que nem a religiosa ditadura de Marx, nem a neutralidade axiologica do nosso querido e saudoso Weber podem salva-lo.
Isto é o que se chama... falar sem pensar, para nao dizer falar atoa.
bela conspiraçao...
As vezes penso que a colonizacao, em Africa, transitou de uma mao para outra. Independencia!!!! Num sei.
ResponderEliminarMas, esta do Sergito ser dono de uma das empresas de Seguranca, e vir ca com teorias de conspiracao ate faz muito sentido. Veja so!!! O Sergio nao eh burro nao, eh dotado de uma inteligencia, que me so faz lembra o meu pai.
Nao faria sentido, o Sergito homem de confianca, quadro senior da FRELIMO descredibilizar as outras empresas de Seguranca??? Jamais ele iria insuar conspiracao da sua empresa, mas sim a dos outros.
Boa essa Sergio, pena nao poderes assinar ja uma ordem de encerramento. Tariamos mais seguro com as tuas empresas.
Este meu pais, pari com cada umas pa..
O Coronel é exímio em mandar pedras para o ar; esquece que também tem telhados de vidro.
ResponderEliminar Conflito de interesses é apenas para os outros: (i) Director do GPZ; (ii) gestor da empresa de participações financeiras do Estado para empreendimentos no grande Vale, (iii) sócio, provavelmente com cargo e remuneração nos órgãos sociais da Zambeze Investimentos, SARL … que mal há nisso?
Um lobby no grande rio: família Abdul Carimo Issá + família Jamú Hassane + família Vieira (Sérgio e filho) + BCI (que o mesmo é dizer: Magid Osman + SCI + Jamú) + Mopac (Jamú e outros).
Consta que o “desencanto” entre a CGD e Magid se ficou a dever, em parte, a situações menos “prudentes” de relacionamento do Banco com empresas ligadas a Jamú (gestor da Zambeze Investimentos, da SCI, Mopac e outras), um habilidoso nos meandros do acesso privilegiado a patrimónios do Estado, que acabam apenas parcialmente pagos, e a fundos potencialmente a perder de vista.
A Zambeze Investimentos, SARL, do Coronel e companhia, e/ou participadas, através do atento Jamú, já se perfila na linha da frente para acesso a fundos do MCC (Millennium Challengue Corporation) – componente “Relançamento do Coqueiro na Zambézia”. Em regra, nestes programas cumpre-se em 100% a utilização dos recursos financeiros, ficando a execução física a menos de 50%: obviamente, a diferença fica nos bolsos dos beneficiários e facilitadores.
Satura a pesporrência do Coronel, pretensamente alicerçada nos “ten years”.
Florêncio
__________
PS – Sobre a geração dos “ten years”, do Coronel:
À distância de 32 anos da Independência Nacional, é tempo de nos debruçarmos com pragmatismo sobre a situação actual dos: (i) antigos combatentes, e (ii) antigos quadros e dirigentes da FRELIMO. Sim, há diferenças:
(i) Antigos combatentes: aqueles que andaram no mato, carne para canhão;
(ii) Antigos quadros e dirigentes: os homens da estratégia, da retaguarda, em regra sem envolvimento em confrontos directos com o inimigo, que viveram rodeados de um certo conforto, que uma vez ou outra visitaram e tiraram fotografias numa ou noutra Base. Sim, mesmo na luta, os chefes têm privilégios: dizem ser uma forma para serem respeitados, diferenciados do pé descalço.
Os primeiros (antigos combatentes) são hoje, regra geral, ilustres desconhecidos … até para o Ministério que os deveria enquadrar e assegurar as pensões e outros direitos, que justamente lhes deveriam ser devidos. A maior parte vive miseravelmente.
Os segundos (antigos quadros e dirigentes) vivem hoje, maioritariamente, na luxúria: patrimónios imobiliários e financeiros sólidos obtidos por facilitismo entre camaradas e outras vias menos éticas, opacas, com prejuízo directo nos níveis de bem-estar do povo: viraram sanguessugas!
Uma análise comparativa entre: (i) a evolução da economia nacional (gerida pela geração “ten years” e novos sequazes) e, (ii) a evolução do património individual da maior parte destes antigos quadros e dirigentes - e sequazes –, revela:
(a) Uma enormíssima capacidade para acumulação Individual de patrimónios imobiliários e financeiros, açambarcamento de cargos em órgãos sociais de tudo que é instituição de prestígio e com mordomias, ostentação;
(b) Uma enorme incapacidade técnica e ausência de estatura moral para a gestão da coisa Pública, nacional. Como diria “Peter”, todos temos um patamar de competências (e de valores) acima do qual passamos a incompetentes (e tiranos).
Sejamos realistas: o comportamento, a atitude, os patrimónios, a insensibilidade da maior parte destes senhores para com o bem-estar da grande maioria do povo (*), mostra que, bem vistas as coisas, friamente, lutaram para obtenção do poder individual: político e económico. Os ideais de jovens nacionalistas - que efectivamente tiveram o condão de conduzir o país à Independência – eram afinal, em grande parte, a camuflagem de um certo “mercenarismo”: realizaram a difícil missão, estão principescamente pagos / recompensados. Passaram à categoria de cidadãos comuns.
(*) Para quem não tenha lido, permitam-me sugerir: “A Sub-República de Moçambique: sobre aquilo que todos sabem e ninguém quer falar” (Custódio Dimas, in Zambeze de 06/09/07, pág. 6).
Excelente, excelente, excelente!!!!
ResponderEliminarE ainda nem sequer quisemos analisar a quem se destinam os belos discursos sobre democracia.
O que me doi muito, eh que vao se gastar milhoes com eleicoes cujos resultados ja sao previsiveis.
ResponderEliminarEnfim, nunca eh demais tentar. Talvez gradualmente a coisa comeca a mudar. As autarquias foram apenas o comeco.
Oi, oi. O Florêncio levanta uma questão que há três anos discuti, nomeadamente, a situacão deplorada dos "verdadeiros" antigos combatentes - os homens que se usam hoje para proteger os interesses dos que estavam em Dar-Es-Salam ou noutras cidades do mundo ou mesmo em Lourenco Marquês.
ResponderEliminarHá dois mês, penso, descobri este filme em You Tube ( http://www.youtube.com/watch?v=bXpMa3ULoBQ&mode=related&search= ). Aqui podemos estudar a actual vida de um grupo de antigos combatentes.
Quanto ao artigo que o Florêncio sugere, eu facilito-o, indicando o blog do Custódio Duma que com gentileza tem me enviado os seus artigos. Eis: http://athiopia.blogspot.com/2007/06/sub-repblica-de-moambique.html
Criei uma postagem a propósito do artigo do Duma. Obrigado pela informação.
ResponderEliminarsao varias e tantas as diferencas entre o sul e o norte, uma delas e o previlegio que a zona sul dispoe em industrias, vias infimamente melhoradas, hospitais, escolas e outros servicos, mas para mim o que acho mais lamentavel e facto de disponibilizarem vagas de emprego ou escola e em seguida nao responsabilizarem-se com a estadia. e muito triste o que verifica-se em mocambique, somos todos mocambicanos ou mocambicanos sao os maputenses, porque na verdade os manhembanas e os machopes aproveitam boleia, "sul e maputo".
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