Outros elos pessoais

02 setembro 2007

60 empresários e quatro ministros com Guebuza no Brasil

Sessenta empresários e quatro ministros acompanharão o presidente da República, Armando Guebuza, numa visita de trabalho ao Brasil entre os dias 4 e 8, "visando criar parcerias para a exploração de oportunidades de negócios e intercâmbio bilateral" (semanário "domingo" na sua edição de hoje, p. 7).
Se juntarmos pelo menos mais cinco pessoas do protocolo e da segurança do Presidente, teremos 70 pessoas. Um cálculo certamente por defeito.
Mas aceitemo-lo. Se estabelecermos que cada passagem aérea custa cerca de 1400 dólares (nesta altura e excluindo o preço em executiva) e se fixarmos em 300 dólares o per diem para quatro dias, teremos um total de 182 mil dólares de gasto (julgo ser exequível pensar que o Estado suportará as despesas). Por outras palavras, em quatro dias 70 pessoas gastarão o equivalente aos salários mínimos nacionais (cerca de 70 dólares) de 2.600 trabalhadores. Excluo avaliar outro tipo de gastos e nem sequer faço contas com a despesa em combustível.
Espero que me corrijam caso tenha feito mal as contas. E se algum economista quiser ampliar a rede de comparações, melhor ainda.
Finalmente: um outro exercício fascinante seria saber a que empresas pertencem os 60 empresários. E, aqui, seria obviamente necessário consultar os nomes dos accionistas das empresas constantes da base de dados Hermes 1.2 da Pandora Box.
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14.50: jornalista amigo telefonou-me esta tarde a dizer que não será o Estado a custear as passagens e as estadias dos empresários. Óptimo, então!

5 comentários:

  1. Pelo que sei de outras viagens os empresários têm pago as suas próprias despesas

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  2. Mas nós precisamos de ter certeza que (nesta) os empresários pagam as suas próprias despesas.

    Alguém poderá nos ajudar nisto?

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  3. Pode-de perguntar no PODE quantas viagens e "per days" paga esta instituição em nome de um saco sem fundo que se chama se não me engano "capacitação empresarial"? E na CTA? e no Funae, CPI e afins?

    Engraçadao mesmo é assistir de bancada aos lugares em executiva... é de partir o coco a rir...

    Os nossos jornalistas são muito comodistas....

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