
É esta a razão que faz com que a União Europeia no seu todo e o Reino Unido, em particular, condicionem a realização da cimeira com África à não participação de Zimbabwe, como se Zimbabwe não fosse parte de África."
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Xi xi xi mano Mabunda tem mesmo boa teoria. Problema nao e Mugabe, mas peso de mielina.
ResponderEliminarMabunda falou a verdade. Tenho dito.
ResponderEliminarSó vê a cor da pele? Não sabe que os problemas sociais são bem mais complexos do que a sua análise redutora deixa mostrar? E nenhuma linha no que escreveu sobre o que se passa na terra dos monomotapas?
ResponderEliminarOpinião complexada e inócua a desse Mabunda...para não dizer racista !
ResponderEliminarAlgumas vezes penso se ser africano é defender tiranos africanos o meu seria que não fosse africano. Não se explica que os europeus por exemplo sancionem algum tirano ou com essa tendência, mas nós não facamos.
ResponderEliminarCorreccão
ResponderEliminarAlgumas vezes penso que se ser africano é defender tiranos africanos o melhor seria que eu não fosse africano. Não se explica que os europeus, por exemplo, sancionem algum tirano ou com essa tendência, mas nós não o facamos.
O Homem Negro e o Homo Niger
ResponderEliminarEis que depois do Homo Sapiens,Mabunda (re)descobre o Homem Negro.A evolução da espécie humana tenderia assim a uma “especialização racial”.O Senhor não criou o Homem mAs sim Raças.Só que foi essa mesma diferenciação racial que constituiu o substracto de todas as formas dominação e descriminação racial dos negros (da escravatura ao colonialismo,passado pelO apartheid). À força de querer reínvindicar uma suposta especificidade racial do Homo Níger,Mabunda não faz mais que reforçar as convicções mais abjectas da nossa inferioridade racial.
A traição de JudaS
Mabunda esquece que Judas Escariotes era JUDEU,raça/povo estigmatizada,perseguida,vilipendiada desde antes mesmo da emergência de Jesús aos dias de hoje, e pelos mesmos verdugos brancos. Como a “teoria” de Mabunda explica isso.Serão os Judeus negros? E como explicaria o “destino secular” dos Suthras na India,serão eles negros e os Brahmanes brancos?
O Pecado
E se a nossa isenção de pecado é por não termos traído nem crucificado Jesús, não somos os únicos detentores dessa virtude de entre a míriade de raças/povos/civilizações da Terra, sacrificadas até á propria extinção.Esse outro Mundo de não-brancos,feito de negros, asiáticos,ameríndios,índios,árabes,índus viveria assim, pela graça do Senhor, num estado de pureza,de absolvição nata,de legitimidade inata,sem traidores,sem verdugos,sem condenados por causas justas.Todos os nossos ditadores,despotas de todo o tipo, estariam assim absolvidos. A “moral” internacional deveria,doravante,guiar-se por essa divisão entre os que crucificaram e os que não crucificaram Jesús.
Riqueza e escravos brancos
Assim termina a oração de Mabunda!Interessante projecto de sociedade! Suponho que a versão branca durante os séculos de tráfico de escravos fosse “riqueza e escravos negros”.Agora seria,pela graça do Senhor,a nossa vez. E que tal se o Homem Árabe,o Homem Indú,o Homem Judeu pedisse o mesmo e o Senhor,sob pena de ser injusto,concedesse? Povos do Mundo,seremos todos um dia escravos de alguém!Uma visão sombria do futuro da Humanidade que não gostaria que as crianças moçambicanas de hoje e de amanhã herdassem.
A responsabilidade moral do jornalista
Aquí está um exemplo da (ir)responsabilidade moral de um certo jornalismo nacional,mais uma “fala sem consequências” como diria Elisio Macado.Paradoxalmente,em qualquer outra parte do Mundo,mais precisamente no mundo dos verdugos brancos,um discurso apelativo à culpa racial,à divisão racial do trabalho,à natureza divina da desigualdade racial, implicito e explicito no artigo de Mabunda seria passível de uma condenação judicial.
Mugabe e a Cimeira UE/África
Mabunda,como jornalista,daria uma contribuição mais esclarecedora à nossa opinião pública se procurasse saber o que os milhares de refugiados zimbabweanos pensam de Mugabe e da posição da UE quanto à sua participação na Cimeira,em vez procurar “bodes expiatórios” externos. Afinal,em última análise,a quem beneficiaria o reconhecimento internacional de Mugabe e das suas politicas domésticas? E se Mabunda fosse um jornalista zimbabweano, onde estaria agora?
Acredito que Mabunda lerá aqui.
ResponderEliminarCaro anónimo das 8:34pm, faço minhas as suas palavras: "Opinião complexada e inócua a desse Mabunda...para não dizer racista !"
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