Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
27 agosto 2007
Geógrafo Guambe contesta governador Meque
3 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Professor,
ResponderEliminar O pesquisador considera que o Turismo está longe de ajudar no DESENVOLVIMENTO LOCAL da província de Inhambane.
O Governador diz não ser prudente fazer comparações desta natureza … “suportando-se no CRESCIMENTO ECONÓMICO registado ano passado“,
Ou seja:
O PESQUISADOR, com uma visão e preocupação de longo prazo, QUALITATIVA, pensa na melhoria efectiva dos índices de bem-estar da população da província, na resolução dos problemas estruturais.
O GOVERNADOR, com uma visão de curto prazo, apenas QUANTITATIVA, mostra-se: (i) satisfeito com o crescimento da facturação; (ii) “nas tintas” para a distribuição e índices de bem estar.
Concluindo:
Ambos têm razão: apenas estão em “frequências” diferentes.
Um abraço
Florêncio
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PS Se uma boa parte das receitas do turismo ficar nas agências de viagem fora do país, ou mesmo apenas fora de Inhambane, em Maputo por exemplo, é provável que o impacto no DESENVOLVIMENTO – na melhoria dos índices de bem estar das gentes província -, seja pouco relevante.
Da mesma forma, se as receitas do gás ficarem na empresa gestora do “pipe-line” em Maputo ou fora do país, é provável que a riqueza do subsolo de Inhambane, beneficie mais as gentes de Maputo do que o DESENVOLVIMENTO dos índices de bem estar da “terra da boa gente”.
O Sr. Governador diz: “… Inhambane conseguiu este crescimento graças ao montante CONSEGUIDO para investimento em diversas áreas, na ordem de 18 milhões de dólares norte americanos, contra 3,8 milhões de dólares que o governo tinha PROJECTADO inicialmente”. É prudente confirmar se o CONSEGUIDO foi mesmo REALIZADO (fisicamente), ou meramente AUTORIZADO (no papel): a confusão é frequente, mesmo a nível Central.
Várias e boas questões. O presidente Guebuza afirmou ontem que as exportações globais de Moçambique atingiram cerca de 2.3 biliões de dólares em 2006, "representando um crescimento de cerca de 36 porcento em relação ao ano passado" (vide "Notícias" de hoje). Mas o Presidente não mencionou o peso do alumínio nessas exportações.
ResponderEliminar O Alumínio é um bom exemplo do que PARECE MAS NÂO É.
ResponderEliminarVejamos:
As exportações da Mozal são registadas por 100% do seu valor.
Para os cofres do Estado apenas entra 1% do valor da exportação.
Porquê? Os grandes investidores negoceiam situações de privilégio a título de: (i) virem melhorar o cenário macroeconómico; (ii) criação de emprego; (iii) efeito de alastramento noutros sectores da economia, etc. É assim em todo o mundo!
O peso cada vez maior dos grandes projectos no PIB e nas exportações - estima-se que ultrapasse os 85% nos próximos anos -, conjugado com as isenções e outros privilégios que em regra estes investidores negoceiam, conduz á ilusão de que vivemos melhor do que parecemos.
Para evitar falsas interpretaçoes, as nossas estatísticas apresentam as variantes: (1) com grandes projectos; (ii) sem grandes projectos.
Falando para uma audiência com relativa presença externa, o Sr. Presidente, optou pela variante “para inglês ver”: com grandes projectos.
Florêncio.