Nesse mundo artificial e perfeito (a exemplo do que ocorreu nos modelos concebidos por Huxley e Orwell - lembre seu comentário), as pessoas que se sentem inadequadas no mundo real encontram satisfação plena a ponto de muitas delas desistirem dos relacionamentos reais. O modelo começa a falhar, na medida em que projetamos nossas expectativas reais - pois não há possibilidade de alienação total - e passamos a desejar a presença, o toque, da pessoa idealizada. Caso o encontro aconteça, o engano se confirma, a decepção acontece e o sofrimento nada a deixa a desejar a qualquer relacionamento do mundo real que termine em desilusão. Quanto à pergunta do post que me fez, sim, todos os seres humanos têm necessidade, em menor ou maior grau, de fantasias, de evasão, de fuga da realidade. Das superstições às religiões, do cinema à literatura, dos sonhos que temos acordados às fantasias sexuais desde sempre convivemos com realidades artificiais. O momento é das relações virtuais através da Internet, mas outros mecanismos de superação já estão nesse momento em gestação para substituir a Internet.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
01 agosto 2007
Erotismo bloguista em Moçambique (6) (continua)
Nesse mundo artificial e perfeito (a exemplo do que ocorreu nos modelos concebidos por Huxley e Orwell - lembre seu comentário), as pessoas que se sentem inadequadas no mundo real encontram satisfação plena a ponto de muitas delas desistirem dos relacionamentos reais. O modelo começa a falhar, na medida em que projetamos nossas expectativas reais - pois não há possibilidade de alienação total - e passamos a desejar a presença, o toque, da pessoa idealizada. Caso o encontro aconteça, o engano se confirma, a decepção acontece e o sofrimento nada a deixa a desejar a qualquer relacionamento do mundo real que termine em desilusão. Quanto à pergunta do post que me fez, sim, todos os seres humanos têm necessidade, em menor ou maior grau, de fantasias, de evasão, de fuga da realidade. Das superstições às religiões, do cinema à literatura, dos sonhos que temos acordados às fantasias sexuais desde sempre convivemos com realidades artificiais. O momento é das relações virtuais através da Internet, mas outros mecanismos de superação já estão nesse momento em gestação para substituir a Internet.
3 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Xi mana Cassia vc deixa nos a pensar. Vc tem tido muitas tristezas?
ResponderEliminarRisos...Este não é um texto autobiográfico, cara Esfinge. Eu apenas observo. Por outro lado, quem está imune à tristeza e decepção no mundo real - ou em qualquer outro?
ResponderEliminarUm abraço
Cássia
;) somos todos obsevadores e cobaias ao mesmo tempo...
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