Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
30 julho 2007
Erotismo bloguista em Moçambique (5) (continua)
14 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Sou obrigada a reconhecer que esta peça do Carlos Serra obriga-me a pensar mais do que eu desejaria. Já disse que o erotismo não é compensação, mas agora devo reconhecer que o problema é mais complicado e se calhar o Carlos ainda o vai complicar mais. Guardo-me para intervir mais tarde. Por outro lado, sou mulher e sinto bem quanto nós as mulheres somos como na sua imagem os bocados chocantes do talho. Choca mas é verdade. Quantas vezes os homens procuram em nós apenas aquilo que é orifício e reentrância, meu Deus!
ResponderEliminarTudo isto e desnecessario.Os africanos nao sonham o sexo, nem usam a net para o fazer, nem falam dele. Fazem sexo serenamente, sem barulho ocidental, para que tanto barulho? Tenho dito.
ResponderEliminarOiça, ó Tivane, não sou competente para analisar os múltiplos e profundos campos do seu argumento, mas tenho alguma competência para impugnar a generalização abusiva que opera. O senhor é exemplarmente generalizante e porque generalizante, vazio.E posso, já agora, dizer-lhe uma coisa sem importância que, exactamente por não ser importante, é importante. Deixe-me ser toscamente dialéctivo. Olhe, sei de muitos funcionários e professores africanos que ocupam, nesta nossa Maputo, mais de 50 por cento do seu tempo de net a ver páginas eróticas. E sei que uma parte significativa dos seus links é, justamente, constituída por portais eróticos. Especialmente por portais com mulheres loiras. É capaz de investigar isso, ó Tivane? Olhe, trata-se de afro-optimismo, está bem?
ResponderEliminarEsta agora o silencio é africano Sr Tivane? O Silencio ou o segredo, estou em crer que nao sao uma e a mesma coisa! Corrija-me se estiver errada,pf;
ResponderEliminarOutra coisa que nao percebo, o que acha o Tivane desnecessario? dialogar? Exprimir emoçoes? Porque nao falam os africanos de sexo? Os africanos nao sonham?! é facil o acesso dos africanos de um modo geral à net?
o mundo calado tradicional em oposiçao ao mundo falado ocidental.(?) Pois é meu Caro isto parece-me problematico.
Desculpem-me meus caros, abri o espaço de comentários para fazer um, mas ao ler o comentário do sr. Tivane fiquei tão abismada que perdi a fala.
ResponderEliminarMeu Deus, esse homem existe mesmo??? Por favor prof. Serra estude esse “fenomeno” com urgência maxima. Não sei se rio ou se choro perante tal “reliquia”...
Enfim, o comentário virá a seu tempo, Até lá...
Bjs meus
P.S. A foto que o acompanha JTivane não poderia ser mais apropriada rs :))
Esse africanos que o Serra a Aguiar e a Diva falam ja nao sao africanos, sao ocidentais disfarcados que perderam respeito com a nossa cultura tradicional e com a nossa moral. Nenhum africano originario ve pornografia na internet. Tenho dito.
ResponderEliminarA pornografia nada mais é do que isso: fantasias, fuga das dificuldades reais, onde podemos nos entregar às sensações plenas.
ResponderEliminarA net foi o meio em que a pornografia mais e melhor se difundiu - parece que as pessoas passam mais tempo a falar de sexo do que a fazê-lo.
Como essa coisa de internet é complicada: a princípio parecia estimular e ampliar exponencialmente os relacionamentos, sem as complicações que a realidade impõe; noutro momento, os relacionamentos virtuais, por parecerem demasiados perfeitos, geraram frustração próprias da vida real. Os relacionamentos assim perfeitos demais e, por isso, altamente desejáveis, frustraram-nos por permanecerem irreais.
Xi mano, xiiiiii grande guerra aqui. Voce mano Tivane, precisa dizer uma coisa: essa coisa de sexo tem Raça? Voce precisa saber eu sou africana nasci la em Tete por isso eu preciso dizer a voce "ta menha, yué" quer dizer eu vou-lhe bater, ouvir? La na minha terra a gente fala todos os dias em amor em sexo, ouviu? Voce ser mesmo xiconhoca.
ResponderEliminarOiça, Cássia, deixe-me tentar meter-me no seu argumento e fazer-lhe esta pergunta: acha que caminhamos para uma espécie de era à George Orwell (no pior dos sentidos, o de "1984") e de Aldous Huxley (no melhor dos sentidos, recorde-se de "O melhor dos mundos" e de "Regresso ao melhor dos mundos") em que o erotismo à distância, de net, poderá surgir como uma espécie de pílula substituta da realidade, uma aspirina ou algo assim? Algo de tão mais forte quão mais forte se tornar a distância em relação á realidade ou a sua recusa?
ResponderEliminarOiça, Diva, pode crer que amaria estudar o tivanismo. Mas diga-me uma coisa: que opinião tem sobre o que escrevi? Concorda? Discorda?
ResponderEliminarO que é um "africano originário", ó Tivane? E o que é " cultura tradicional"? Penso que o Hegel se antecipou a si. Ou então você re-hegelianizou-se. O que acha?
ResponderEliminarSempre um prazer passar por aqui, Carlos Serra. Estive ausente.
ResponderEliminarJonas
Professor,
ResponderEliminarNão posso deixar de concordar. Sou mulher e como tal, a “vulgarização” do termo não me agrada de forma alguma. Pouco sei do que falar sobre a pornografia literária... Normalmente não me qualifico na “moral” de julga-lo, acho que é um terreno pouco fértil e por isso fujo dele.
Também gosto de abordar o corpo como um “todo”, passeio por ele mas gosto de tocar a alma, de forma leve e como uma carícia quase literaria, coisa que o bloguismo pornografico não aplica. Usa o corpo como uma peça de mercado.
Escolho fotos e palavras no meu blog, que normalmente evidenciam o corpo, mas acho que são esteticamente a “forma” daquilo que coloco expresso na minha escrita. Valorizo demasiado essa combinação para tornar “barata” e “chula” a erotização do corpo e principalmente da mulher.
Como diz, no fundo é tudo uma questão de nuance e claro... de (bom) gosto.
Bjs meus
Bem, Diva, obrigado pela sua resposta. Aguardemos agora a de Cássia.
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