E assim estamos neste país em marcha, com os arautos do bem-estar glosando a exportação de madeira, tranquilizando o povo contra os maldizentes pois o nível de corte está abaixo do legislado. De resto, quem disse que Catherine Mackenzie tem razão quando escreveu sobre a teia de corrupção (palavra maudite para alguns ou muitos de nós) que leva a madeira de forma ilegal para fora do país?
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
11 maio 2007
Quelimane: escolas sem carteiras
E assim estamos neste país em marcha, com os arautos do bem-estar glosando a exportação de madeira, tranquilizando o povo contra os maldizentes pois o nível de corte está abaixo do legislado. De resto, quem disse que Catherine Mackenzie tem razão quando escreveu sobre a teia de corrupção (palavra maudite para alguns ou muitos de nós) que leva a madeira de forma ilegal para fora do país?
6 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Voce esta complicar muito xamuali. Voce nao viu mano Muthisse disse que precisamos compreender pois educacao e para todos? Sentar no chao e ter conhecimento no ceu sempre.
ResponderEliminarConhecimento não precisa de carteiras nem de professores qualificados, apenas precisa de boa fé e paciência. O país precisa de quadros e quadros devem estar preparados para tudo, mesmo para andar descalços. Tenho dito.
ResponderEliminarÓ Tivane, vc está a falar a sério ou a ironizar?
ResponderEliminarImagine-se o rótulo que não se teria dado a estas escolas, aos chapa-cem, às condições hospitalares de muitos dos nossos hospitais,a tantas outras realidades tão presentes de hoje se isto se tivesse passado no tempo colonial!
ResponderEliminarMana Esfinge, feliz ou infelizmente, este é o melhor caminho para se ser o que se quer ser. Ou você se alia ao povozinho para sofrer para sempre ou se alia à nomenklatura para ter lugar à sombra. Mas antes de eu desaparecer (não desapeço porque deixo disponível o meu blog) queria dizer que na escola dos missionários combonianos em quem frequentei (Vaquina como meu colega de carteira) no meu ensino primário e cíclo preparatório foi o seguinte: De tantas centenas de alunos de alunos na minha escola, no meu ano da primeira-classe eramos apenas sete alunos (o primeiro melhor ano) e quatro da segunda-classe. Isto é, o resto era pré-primaria independemente do tempo que alí haviam ficado. Para eu ir à primeira-classe, o meu amiguíssimo que tinha ficado “no quintal” isto a casa do professor tinha o dito ao professor que eu sabia ler e escrever. Sem eu saber do que se passava, no dia seguinte o professor chamou-me ao ditado. Nele lebro-me que tive seis erros, pelo que me disse que eu ia para primeira-classe. Se na altura da independência o anafabetismo se rondava aos 97 %, então há que analisar as causas. Aliás até é possivel concluir que as escolas de que Mathusse fala mais produziam cristãos que pessoas que pudessem ler e escrever. Estará-se reproduzindo o mesmo?
ResponderEliminarMana Esfinge, feliz ou infelizmente, este é o melhor caminho para se ser o que se quer ser. Ou você se alia ao povozinho para sofrer para sempre ou se alia à nomenklatura para ter lugar à sombra. Mas antes de eu desaparecer (não desapeço porque deixo disponível o meu blog) queria dizer que na escola dos missionários combonianos em que frequentei (Vaquina como meu colega de carteira) no meu ensino primário e cíclo preparatório foi o seguinte: De tantas centenas de alunos de alunos na minha escola, no meu ano da primeira-classe eramos apenas sete alunos (o primeiro melhor ano) e quatro da segunda-classe. Isto é, o resto era pré-primaria, independemente do tempo que alí eles haviam ficado. Para eu ir à primeira-classe, o meu amiguíssimo que tinha ficado “no quintal” isto a casa do professor tinha dito ao professor que eu sabia ler e escrever. Sem eu saber do que se passava, no dia seguinte o professor chamou-me ao ditado. Nele lembro-me que tive seis erros, pelo que me disse que eu ia para primeira-classe.
ResponderEliminarSe na altura da independência o anafabetismo se rondava aos 97 %, então há que analisar as causas. Aliás até é possivel concluir que as escolas de que mano Muthusse fala mais produziam cristãos que pessoas que pudessem ler e escrever. Estará-se reproduzindo o mesmo?
P.S fiz alguma correccao