Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
30 maio 2007
Identidade moçambicana - o problema de Olívia (1)
Eis uma admirável introdução da jornalista Olívia Massango a um tema sobre o qual aqui escreverei um pouco.
3 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Dá gosto ler os textos de Olívia Macamo: jovem de espírito aberto, frontal, pragmática.
ResponderEliminar É cómodo falar de tradições quando o bem-estar nos entra pela casa dentro. É fácil apregoar: “façam o que eu digo, não o que eu faço”.
Depois de mais de 30 anos de independência nacional, temos gerações de jovens nascidos nas cidades ou subúrbios donde nunca saíram, cujos valores vão sendo assimilados da vivência diária e do mundo que lhes entra pelas casas e olhos adentro.
Preocupemo-nos em registar o passado, com os poderosos meus tecnológicos ao nosso dispor, mas libertemo-nos o mais rápido possível da forma como viveram os nossos antepassados e como hoje vivem ainda milhões de moçambicanos: sem água potável próxima, sem posto de saúde, com escolas precárias, sem cantina, sem transportes.
Para que tal aconteça, é fundamental que o Governo mude as suas políticas de incentivo ao desenvolvimento do meio rural, de modo a que os níveis de bem-estar melhorem substancialmente no campo e assim se reduza a atracção pelos subúrbios dos centros urbanos e os consequentes efeitos negativos.
Numa recente palestra do MPD sobre Poupança, foi referido que 65% da população nacional vive no meio rural. Ainda há poucos anos era da ordem dos 80%. A política do Governo, de fazer do Distrito o pólo de desenvolvimento parece estar a ser mal interpretada: na realidade, estão a fazer da Capital do Distrito o pólo de atracção da população. Daí os números recentes o MPD. Preocupantes!
Parece urgente repensar as formas de levar mais bem estar ao meio rural, mesmo que isso ponha em risco alguns usos e costumes tradicionais, como andar 10 kms para ir buscar 20 litros de água.
Um abraço,
FM
A sua intervenção obriga-nos, a todos nós, a reflectir,
ResponderEliminarFaltou-me dizer uma coisa sobre Olívia: ela é brilhante. Leio-a sempre.
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