Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
18 maio 2007
1 comentário:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
-> Bem, sejamos realistas: a falta de carteiras nas escolas não tem a ver com escassez de madeira no mercado interno. Resulta, pura e simplesmente, da falta de verbas para as mandar fazer. Há capacidade para as produzir na maior parte dos distritos e em todas as capitais de província. Falta “mola”.
ResponderEliminar--> Ora, como os recursos financeiros do país são escassos, 50% do orçamento do Estado depende das poupanças externas, importa racionalizar o que há, definir prioridades. O PR, que também é Chefe do Governo, entende que a solução para um melhor funcionamento da economia não passa por uma melhor organização do aparelho de Estado, mas sim pelo seu alargamento com mais Vice Ministros, mais viaturas protocolares e de afectação pessoal, mais gabinetes, mais secretariados, mais seguranças para as Excelências; entende o PR, como Muthisse e Tivane defenderam há tempos neste blog, que não vem mal ao mundo as crianças estudarem em turmas grandes e sem carteiras nas escolas, logo, “decisão tomada, decisão cumprida”: a “mola” disponível vai para mais Vices. Manda quem pode!
-> Ainda sobre o aproveitamento racional de madeiras nobres: reparem no mobiliário exposto no cruzamento da Avª Joaquim Chissano com a do Aeroporto e noutros centros de venda junto a grandes mercados:mobílias de madeiras nobres maciças, modelos duma certa época colonial, cheios de torneados, embutidos e trabalhos em relevo. Para além de inestéticos são pouco funcionais, desajustados da habitação que temos; super robustos (fortes e feios). Um verdadeiro esbanjamento, com a madeira gasta numa mobília faziam-se duas. São, provavelmente, obra do que resta dos “mestres carpinteiros” do período colonial e seus discípulos, os mesmos modelos, agora mais robustos e grosseiros no acabamento. Seria, talvez, interessante que o Ministério que tutela este sector e os movimentos de amigos da floresta reflectissem sobre esta realidade, que é extensiva a outras províncias, e sobre a oportunidade ou não de acções de formação e sensibilização para a introdução de modelos de mobiliário fabricado com as nossas madeiras, mas ajustados á nossa realidade: sóbrios, cómodos, funcionais, económicos (no consumo de madeira e, consequentemente, no preço); estimular o desinteresse pelo supérfluo é uma forma de apoiar o desenvolvimento do Homem.
Florêncio