Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
14 março 2007
Manifesto dos Amigos das Florestas
1 comentário:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
O relatório da senhora Catherine Machenzie vem, de uma forma científica, validar a percepção impírica, já há muito existente na Zambézia e no resto do país, sobre o preocupante estado das nossas desejadas florestas.
ResponderEliminarInfelizmente, o negócio em torno do precioso recurso tem de uma forma ilicita promovido o surgimento de uma pseudo-burguesia, que de uma forma desenfreada vai servindo de trampolim entre o mercado altamente consumista Chinês e as áreas de abate indiscriminado. Parece-me contraprudocente, admitir que pouco proveito, entenda-se para a economia nacional, esteja a ser tirado mercê de um conluio personificado no famoso “Chinese Takeaway”, altamente nocivo aos propósitos subjacentes na estratégia e na letra do propalado “combate a pobreza absoluta”.
O que fazer quando recursos que deviam ser geridos de uma forma sustentada encontram-se à saque? A resposta ou respostas são varias. Algumas evasivas, defensivas e outras promissoras.
Fiquei feliz com a iniciativa dos Amigos da Floresta, a qual subscrevo, de liderar e mobilizar a sociedade civil para, de uma forma organizada, proteger e conservar o recurso florestal. Defendo, energicamente, o papel activo dos diferentes seguimentos da sociedade civil na discussão, promoção dos nossos interesses nacionais.
O recurso florestal é estratégico, no sentido de que bem gerido cria riqueza, cria emprego muito anciado pela esmagadora maioria dos moçambicanos. Não se justifica a exportação de recursos florestais não processados. A final qual é a nossa estraégia? Queremos ou não promover economias de escala baseadas na industrialização de Moçambique? Qual é o benefício para as populações que vivem e que passam anos à fio a cuidarem desses recursos?
O relatório sobre o “Takeaway Chinês” veio, sobretudo, mostrar a fragilidade das nossas instituições. A lei de florestas e fauna bravia simplesmente não funciona. Quando uma lei é posta em causa ou quando não funciona deve ser automaticamente revogada.
Apoio na integra a proposta de estabelecimento de uma moratória acompanhada de uma reflexão, com efeitos práticos, sobre este assunto e acompanhado de uma responsabilização.
Moçambique precisa das florestas não para hoje e nem para amanha. Precisamos das florestas para sempre!