Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
24 fevereiro 2007
Reitores: endogenia, eleições e mandatos
6 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
QUAL É A DÚVIDA?
ResponderEliminarEsse e o discurso dos mandoes, dos tiranos.
ResponderEliminarO problema central não é o conjunto das virtudes ou dos defeitos do padre Couto, mas o facto de os candidatos da UEm terem sido ignorados.
ResponderEliminarHabemus Reitor
ResponderEliminarA globalização torna-se ainda mais interessante quando longe do país podemos, através da Internet, participar em debates sobre acontecimentos em Mocambique. Perdão para os que interpretem esta introdução com “show off”. Juro palavra de honra que não se trata disso, quero apenas advertir que esta contribuição è feita por alguém que esta fora do país.
Estava eu a navegar no mar da internet, quando deparei-me com a informação que a maior instituição superior de Moçambique vai mudar de Reitor. Como para todos aqueles que se interessam pelos acontecimentos nosso país, aguardei com muita expectativa por saber quem iria suceder o Prof. Dr. Brazão Mazula. Para analizar o trabalho deste, deixo por conta daqueles que trabalharam com ele. Estou è interessado no seu actual sucessor, sim o Dr. Couto, padre católico e matemático.
O padre Couto é mais uma figura religiosa numa instituição do estrado, depois do Reverendo Arão Litsure (actual presidente da CNE), e do Padre Jamisse (Reitor do ISRI). Embora hajam criticas sobre estas nomeaçoes, vejamos o que poderá ter motivado o presidente da república a nomear mais uma figura com o background religioso para o cargo de Reitor da UEM.
No momento em que o nosso país é conotado como um dos mais corruptos do mundo, creio que é pertinente que a sociedade moçambicana desempenhando o papel do “principal”, incumba como seus “agentes” figuras religiosas para desempenhar diferentes funções nas nossas instituições, principalmente para aquelas que estão directamente ligadas à formação superior. Assim estas figuras religiosas, não só deverão prestar contas àqueles que o confiaram, mas também a Deus. Sim, parece inocente a minha análise. Vejamos então o que a religião conseguiu alcançar no nosso país.
A religião teve sempre um papel importante em Mocambique. Muitos moçambicanos que contribuíram para a independência tiveram a sua formação básica em instituições religiosas. A paz no nosso país foi negociada numa instituição religiosa, com a participação activa das igrejas de Moçambique, sejam elas católicas ou protestantes. Independentemente desta nomeação ter sido política, constitui no meu ver um bom sinal e poderá contribuir para a revitalização dos valores morais nas instituições do estado. Às vezes a politica tem destas coisas, nomeações por conveniência, creio que esta foi uma delas.
Quanto ao Prof. Couto, vamos deixá-lo trabalhar, o tempo de julgá-lo virá, alias como religioso digo que Deus está em melhores condições de julgá-lo.
Quinho
NB: Sou estudante da Universidade Humbodlt em Berlim, umas das mais privilegiadas na Alemanha e na Europa. Cujo Reitor é um Teólogo.
O nosso Estado é laico e por isso é anti-constitucional a nomeação para cargos públicos de pessoas declaramente pertencentes a corpos institucionais de uma dada religião. Os skeiks islâmicos podem agora exigir paridade.
ResponderEliminarDiscordo da sua posição senhor Quinho, porque o combate e a moralização da sociedade não se faz apenas com a vontade de individuos mas sim com normas, procedimentos, regras e punições duras e severas para os prevaricadores.
ResponderEliminarBrazão Mazula também têm um passado religioso mas, isso não o impediu de aparrecer conotado com escandalos de desvios de fundos (Fundos doados pela Suécia), portanto não é a religião que a pessoa professa que deve contar, mas sim a sua competência profisional e chega de politica na academia.