Outros elos pessoais

02 fevereiro 2007

O saque das florestas moçambicanas


Leia aqui, em língua inglesa, um trabalho sobre o saque das nossas florestas.

7 comentários:

  1. Por uma análise alternativa acerca da exploração da Madeira em Moçambique

    Caro Professor,
    Gostaria antes de louvar a sua iniciativa de partilhar as suas inquietações acerca da indiscriminada deavastação das nossas florestas.
    Se por um lado é uma constatação irrefutável, por outro, gostaria de chamar atenção à um aspecto que me parece perigoso: o risco de, com a crescente denúncia sobre o corte, transporte e exportação ilegal da madeira, os moçambicanos desenvolverem em si um sentimento, primeiro de exploração desenfreada-o que é verdade, pior, e em consequência disso, desenvolver neles um sentimento xenófobo e anti-chinês.
    E por falar da China, precisamos registar dois aspectos:
    Primeiro, de que ela é na actualidade a economia que mais se fala devido aos seus resultados.
    Segundo, o facto de ela estar a ser alva de campanhas de desinformação e desprestígio tanto da sua política externa, da sua indústria bem como da sua expansão para a África.
    O que eu quero chamar atenção acima de tudo é de que devemos ser vigilantes.
    Se é para denunciar deveremos o fazer e com veemência contra todos aqueles moçambicanos e chineses envolvidos no desmatamento das nossas florestas.
    Voltarei

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  2. Adicionalmente, é curioso ver que em grandes revistas, jornais ditas de referência editadas e publicadas fora de Moçambique, estão com os olhos postos sobre os passos da China. O Presidente Hu Jintao far-nos-a uma visita enquadrada num périplo por países africanos. Coincidência ou não, há notícias por toda a parte sobre os "males" da China: matéria prima aqui; atropelo aos direitos humanos alí, isto e aquilo.
    Para o caso Moçambicano, a reportagem sobre a exploração de madeira é feita de tal forma que os fiscais, guardas de coutadas, directores provinciais e até o Ministro são apresentados como cordeiros sacrificados; pessoas que, sem meios para conter o abate de touros, nada podem fazer ante à esperteza dos chineses em se furtar à tudo quanto seja prestação de contas.
    Esquecemos que fomos nós, aliás, os nossos líderes que concederam licenças; precáreas ou não, mas que se esqueceram de, com o dinheiro dos impostos por estes pago, fortificar os limites das coutadas e zonas protegidas, pagar bem os fiscais bem como providenciá-los meios de trabalho eficazes, mobilizar a população à se organizar e garantir que as concessionárias paguem a quota parte que, a luz da lei elas têem como direito inalienável. Em vez disso, dizia, eles compram bonitos carros 4x4 (o que não é mau) e divertem-nos com mensagens anestesiantes.

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  3. Gostei verdadeiramente dos seus dois comentários. São completamente pertinentes. A propósito do primeiro, coloquei há momentos uma entrada que aborda fenómenos como a etiquetagem do Outro; em relação ao segundo, lembre-se do que escrevi aqui quando divulguei o relatório sobre a Zambézia e que vou reproduzir: "Para mudar um pouco o pensamento do velho Mao Tse Tung: nenhum ovo dá origem a um pinto se um calor local não lhe der um empurrão. E ampliando, agora: nenhum neo-colonialismo medra sem donos da casa solícitos."

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  4. "Outros" sempre foi um personagem contra o qual sempre me bati. Não gosto de falar deste "outro".
    Gosto de falar de Si, "Esfinge"; gosto de falar do "Carlos Serra" ou do Chico.
    na verdade, esse "outro" não passa de um parasita que, aproveita o CAPIM, (recordo-me de Patric Chabal e Pascal Daloz) e o NEVOEIRO (José Gil) para não ser descoberto, enquanto delapida as riquezas. Os relatórios estão aí, dê uma olhada nelas.
    Voltarei.

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  5. Egídio, leia no "Savana" de hoje a crónica do Fernando Lima com o título "O perigo amarelo". Mas o conteúdo é bem diferente do que o título deixa antever...

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  6. Lerei. Obrigado pela advertência.

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  7. Já agora tb sugiro que leia as queixas dos nossos trabalhadores em relação à empresa China Henan (p.5 do "Savana").

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