Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
06 fevereiro 2007
Morremos ainda muito e vivemos ainda pouco em Moçambique
4 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Melhor viver ao menos aqui na cidade de Maputo, duramos mais.
ResponderEliminarÈ inquietante ler estas estatísticas.Minha avó tem 84 anos e tenho uma bisa que está com 92,são bastante lúcidas e ativas.Pareçe que estou acordando para o mundo agora.Sinto-me um tanto "Sidarta", que viveu uma parte da sua vida entre muralhas...desconheçendo as misérias, fomes, doenças, desgraças da vida humana, (que os seus),tentaram lhe esconder.Apesar de estar cursando uma faculdade, e já ter lido sobre assuntos variados acerca de mundos...O Brasil principalmente...só aqui posso perceber a verdade estampada em cada comentário, em cada ânsia, em cada sentir.Quanto é diferente...ler e sentir de perto.
ResponderEliminarMeu país não é exemplo nenhum...mas é tudo diferente,muito diferente.Amo este Diário por tudo que posso aqui ler, ver e sentir.Obrigada professor.Obrigada leitores/comentadores.
gabi! aqui a gente morre na agonia de querer viver mais. acreditamos que a vida elastica-se, como? ninguem sabe, mas inventamos uma palavra magica: desenrasca a vida. acordamos todos os dias e gritamos: vou desenrascar. e a vida elastica-se. criamos rugas para medir o tempo e a desgraca. a nossa velhice esta no que somos capaz de viver num dia. uma magia gabi. tens que ver as nossas criancas, sao elasticas. vivem como um yo-yo. elasticadas entre brincar crianca e pensar adulto. chutar uma bola e vender gelo-doce.apanhar uma malaria e comer arroz. entao a tua avo para nos deve ser uma baoba que "virou" pessoa. a tua avo tem a idade multiplicada com numeros infinitos, nos nascemos cedo e morremos cedo. mas sabemos elasticar a vida.
ResponderEliminardo brasil nao sei muito, mas quando estive no rio de janeiro, vi criancas elasticadas tambem. elastico nosso e elastico do brasil deve ser outra coisa. so tu podes explicar a diferenca.
Chapa 100:
ResponderEliminarComentei apenas sobre a estatística de vida em teu país.Se voce procurar ler um pouco mais sobre a estatística de vida no Brasil, verás quanto saltou o índice de vida entre nossos idosos.A quantidade de pessoas com 80 anos ou mais,(aparentando bem menos), é imensa,não sei dizer exatamente o percentual, mas procurarei saber.Nosso governo atribui a crise existente no INSS, (orgão responsável por pensões para aposentados), justamente por este fator, " nossos velhos estão com maior índice de longevidade), aliás, um destes fatores, melhor dizendo.Não sei te dizer o que está causando este fenômeno, pois nosso povo, em sua maioria vive com um mísero salário mínimo de 350,00, (já que falamos tanto em jeans, vamos comparar: Esta quantia não compra uma calça jeans de boa qualidade),e além disto, pesquisas apontam que em sua grande maioria, estas pensões (aposentadorias), "ajudam" seus filhos e netos, tamanho
o índice de desemprego.
Quanto as nossas crianças,(estatísticas mostram que foram reduzidos o índice de mortalidade infantíl), são tambem elásticas e me parece mais ainda que as vossas,pois além de não possuirem sonhos,perspectivas, faltam-lhes comida, educação, moradia, e o mais grave: usam drogas, assaltam a mão armada, matam por motivos banais,(ex: para pegar um tênis que achou bonito,uma bola de futebol...etc), ou ainda são usados por traficantes como "aviões" (encarregados de levar a droga ao seu destino),são crianças que quando apanhadas são levadas à FEBEM (orgão-prisão para recuperação de adolescentes), saindo deste lugar mais perigosos ainda.Como bem dizemos, uma escola de ladrões e assasinos."Várias" medidas foram tomadas para minimizar tal realidade ,(diz o governo),mas a realidade é esta.
Espero que desta vez, tenha entendido meu pensar. Graças a deus minhas avós são baobá que "virarão" pessoas; espero, e como espero tambem virar um belo e eterno baobá;pois apesar desta vida ser uma coisa tão assim, meio doida, coisa de coisas coisadas...AMO, IMENSAMENTE ESTA DOCE E DOIDA VIDA!!!