Outros elos pessoais

15 fevereiro 2007

Amemos o patrão seja ele quem for


Não importa quem é o patrão, seja Guebuza ou Mc Roger, alto, baixo, negro, branco, respeitemo-lo, com passarela vermelha e tudo.

Esse o tema de uma canção do jet set rapista moçambicano Mc Roger (abnegado utente de carro de luxo, óculos escuros e postura americanizada) que toca regulamente na Rádio Moçambique, que corre nos parties, não importa onde, que a malta ouve e dança.

E coitado do José Mucavel retrogadado que, em programa da Anabela Adrianoupolos na STV sobre música moçambicana, chamou pimba à música do Roger e recebeu em resposta a afirmação de que ele, Roger, era um cantor das massas, querido, amado, respeitado.

Ó Mucavel, o tempo está para o rap pimbado, não para a música de raíz e das raízes que você com denodo busca e interpreta, está a ver?

6 comentários:

  1. Eu penso que o comentário do José Mucavel foi infeliz, porque existe espaço para todos o que é necessário é que os musicos trabalhem para conquistar esse espaço. O senhor Mucavel não pode estar constantemente a revisitar o passado e exigir a mesma notoriedade no presente enquanto nada produz de modo a tornar-se visivel.
    Na Inglaterra ouve-se Paul Macartney porque este publica sempre ~que pode novos trabalhos mas também ouve-se Robbie Williams, Spice Girls etc. Os musicos da velha geração tem que produzirsenão passarão ao esquecimento

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  2. Em parte concordo aqui com o "anonimo", apesar de n ser mto fâ de comentários em anonimato... mas, enfim, tem o seu q de questáo... de resto o que posso dizer, é q pela ultima entrevista da Sra. Anabela A. com o Amavel, jovem musico aqui de Maputo, fiquei sinceramente espantada com tamanha falta de profissionalismo, sensibilidade e bom senso da parte da Sra locutora... vai dai, n me admira que ache o Sr. Pimba aqui da zona o herói Moçambicano. Os meus pesamos pelo mau gosto.

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  3. Creio que há dois tipos de fenómenos a ter aqui em conta: o fenómeno McRoger e o fenómeno da competição geracional. Infelizmente nem um nem outro estão ainda estudados. Faz muita falta no país o estudo das crenças colectivas, da telescopagem colectiva nos heróis profanos.

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  4. Fenômeno MC Roger? Hehehe Gostei dessa professor só não sei se será interessante estudá-lo ou se ao meio do estudo já se terá enjoado do patrão e do zagaza (outro fenômeno a ser investigado). Se a musica dele é pimba ou não sobre isso nada sei, mas apesar de ser da geração dos “jovens” odeio as palhaçadas do Mc e as letras horrorosas das suas músicas (embora até tenham uma batida jeitosa). Existem músicos jovens a fazer boa música moçambicana (extaka zero, por exemplo) sem que para isso tenham de usar letras ofensivas ou usarem o último lamborguini como forma de afirmação. E por agora chega de Mc...
    Bjs meus

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  6. A música tem uma linguagem universal, seja jazz, blue,soul, rock, rap, reggae.
    O fundamental é faze-la ser, e isto implica a arte de a fazer. Se a músico opta por fazer musica instrumental, terá de saber faze-la para agradar os ouvidos. Se opta por fazer instrumental e voz, terá que ter boa voz, para além de ter arte de escrever poemas ou ter alguém que as escreve para ale.No final, a mísica já feita para ser consumida terá de ser divulgada e nao guardada nas gavetas, aqui entra o marketing.
    O artista que consegue devulgar a sua musica fazendo-a tocar no minimi 10 vezes por dia em diferentes rádios e televisoes com consideravel audiencia de certeza que fará mais sucesso que os artistas que nao conseguem divulgar a sua musica.
    O MC Roger nao sabe cantar e muito menos escrever poemas (isto é um facto). Este conta, para a producao das suas instrumentais, com grandes produtores e sabe muito bem divulgar a sua música, Daí o sucesso.
    Os autoproclamados musicos da velha guarda devem divulgar as suas musicas "nao pimbas" e nao impedir que os outros trabalhem.

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