Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
23 janeiro 2007
Rivais de Sibindy
Apresentou-se ontem publicamente uma nova organização, a Iniciativa Pró-Governação (IPG), cujo presidente (do conselho de direcção) é o Sr. Arão Ubisse (na imagem). Segundo o "Notícias" de hoje, a IPG integra "estudantes, académicos, sector privado e (estranha copulativa esta!, CS) a sociedade civil " com o objectivo de, numa vasto programa de acções, "interagir com o Governo no enriquecimento e concretização das suas estratégias de governação através de debates e ideias."
Para a OPG os parceiros são, ainda, "potenciais". Leia aqui.
Assim, o Sr. Yá-Qub Sibindy já tem rivais.
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Kanimambo Patrício Langa, por me ter chamado a atenção para a notícia.
9 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Sibindy deixa de ser o único concessionário da nossa mediocridade política. Já conta com Ubisse, este telintelectual, comentador assíduo dos assuntos políticos e sociais. Conhecedor da realidade moçambicana, ou melhor dos problemas moçambicanos. Por que não criar uma IPG. Empreendedorismo! IPG é mais um problema do que solução. O país não carece de IGPs nem de Shadow Government
ResponderEliminarPuro Prebendanismo.
Mas se Ubisse e os demais "fundam" uma Iniciativa Pro-Governacão parece-me eles acharem que nós, o resto, somos de Iniciativa Anti-governacão (!?).
ResponderEliminarQuais devem ser os objectivos principais da criação da IPG já que se apontam parceiros potenciais como sendo o governo e os maiores doadores? Não será uma busca de aliança com as elites do partido no poder e encavilhar os doadores para desembolsar os dólares? Não acabaremos vendo este grupinho a usar o dinheirinho para turismo nacional e internacional ao invés de servir para os necessitados, os verdadeiros pobres? Não é mais um motivo para workshops em hoteis e os ditos membros do IPG obterem o per diem simulado?
São boas mas mal formuladas? A ver vamos.
Prof
ResponderEliminarTalvez mais um caso interessante nesta nossa democracia?
http://allafrica.com/stories/200701230880.html
António
Porque esses estudantes e acadêmicos não ajudam o Governo, fazendo o melhor e sendo melhores profissionais lá onde estudam ou trabalham?
ResponderEliminarMas agora é o tempo distrital...
ResponderEliminarEspanto-me como alguem decide dar conselhos sem ser convidado.
ResponderEliminarSera tudo isto em nome de "participacao, inclusao, sociedade civil"-chavoes da industria de desenvolvimento?
Não se espante, Egídio...A nossa vida está cheia de termos mágicos que agem a modos de entorpecentes. A páginas tantas já nem falamos em seres humanos, mas justamente em termos mágicos, "estruturas", "sociedade civil", "sociedade", "conflito homem/animal", "boa governação", "inclusão", "luta contra a pobreza absoluta", etc. Quanto maior for o leque de anestesiantes, menos nós nos preocupamos com seres humanos reais. E é aqui que pode nascer, certamente já nasceu, a estética dos termos, a análise "termo-al", o nominalismo 4/4. Veja, por exemplo, o dicionário do Ubisse no meu "ditos doutos (http://ditosdoutos.blogspot.com/).
ResponderEliminarDe facto! E com tanta "anestesia" quem se espantaria com o fecalismo a ceu aberto?
ResponderEliminarSe todos estamos anestesiados! E normalissimo, nao acha? Ninguem age. Ate que a anestesia passe...
É, o "chapa100" do Matine é excelente para compreendermos rapidamente muitas coisas. Abraço!
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