Outros elos pessoais

23 janeiro 2007

Rivais de Sibindy


Apresentou-se ontem publicamente uma nova organização, a Iniciativa Pró-Governação (IPG), cujo presidente (do conselho de direcção) é o Sr. Arão Ubisse (na imagem). Segundo o "Notícias" de hoje, a IPG integra "estudantes, académicos, sector privado e (estranha copulativa esta!, CS) a sociedade civil " com o objectivo de, numa vasto programa de acções, "interagir com o Governo no enriquecimento e concretização das suas estratégias de governação através de debates e ideias."
Para a OPG os parceiros são, ainda, "potenciais". Leia aqui.
Assim, o Sr. Yá-Qub Sibindy já tem rivais.
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Kanimambo Patrício Langa, por me ter chamado a atenção para a notícia.

9 comentários:

  1. Sibindy deixa de ser o único concessionário da nossa mediocridade política. Já conta com Ubisse, este telintelectual, comentador assíduo dos assuntos políticos e sociais. Conhecedor da realidade moçambicana, ou melhor dos problemas moçambicanos. Por que não criar uma IPG. Empreendedorismo! IPG é mais um problema do que solução. O país não carece de IGPs nem de Shadow Government
    Puro Prebendanismo.

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  2. Mas se Ubisse e os demais "fundam" uma Iniciativa Pro-Governacão parece-me eles acharem que nós, o resto, somos de Iniciativa Anti-governacão (!?).

    Quais devem ser os objectivos principais da criação da IPG já que se apontam parceiros potenciais como sendo o governo e os maiores doadores? Não será uma busca de aliança com as elites do partido no poder e encavilhar os doadores para desembolsar os dólares? Não acabaremos vendo este grupinho a usar o dinheirinho para turismo nacional e internacional ao invés de servir para os necessitados, os verdadeiros pobres? Não é mais um motivo para workshops em hoteis e os ditos membros do IPG obterem o per diem simulado?

    São boas mas mal formuladas? A ver vamos.

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  3. Prof

    Talvez mais um caso interessante nesta nossa democracia?

    http://allafrica.com/stories/200701230880.html

    António

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  4. Porque esses estudantes e acadêmicos não ajudam o Governo, fazendo o melhor e sendo melhores profissionais lá onde estudam ou trabalham?

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  5. Espanto-me como alguem decide dar conselhos sem ser convidado.
    Sera tudo isto em nome de "participacao, inclusao, sociedade civil"-chavoes da industria de desenvolvimento?

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  6. Não se espante, Egídio...A nossa vida está cheia de termos mágicos que agem a modos de entorpecentes. A páginas tantas já nem falamos em seres humanos, mas justamente em termos mágicos, "estruturas", "sociedade civil", "sociedade", "conflito homem/animal", "boa governação", "inclusão", "luta contra a pobreza absoluta", etc. Quanto maior for o leque de anestesiantes, menos nós nos preocupamos com seres humanos reais. E é aqui que pode nascer, certamente já nasceu, a estética dos termos, a análise "termo-al", o nominalismo 4/4. Veja, por exemplo, o dicionário do Ubisse no meu "ditos doutos (http://ditosdoutos.blogspot.com/).

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  7. De facto! E com tanta "anestesia" quem se espantaria com o fecalismo a ceu aberto?
    Se todos estamos anestesiados! E normalissimo, nao acha? Ninguem age. Ate que a anestesia passe...

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  8. É, o "chapa100" do Matine é excelente para compreendermos rapidamente muitas coisas. Abraço!

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