Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
15 dezembro 2006
Xtaka Zero: uma extraordinária banda de intervenção social
Acabei de ouvir o último trabalho da banda Xtaka Zero.
Uma banda de excepcional valor, produto de imenso e visível trabalho, um ritmo belo e mestiço, forte e doce, filho do rap, da marrabenta e creio que também da música popular sul-africana(sinta-se a beleza de "Tsundzekela", do arranjo no clássico "Vou morrer assim" e de "Timaka ta chapa"); letras de uma aguda e atenta intervenção social.
Todo o país urbano, com a complexidade dos seus problemas sociais, da pobreza à corrupção a todos os níveis, é passado a pente fino. Oiça-se, em particular, "Skit..Oh...só Ministro", "Greve geral", "txunabeibes", "Topoliça", "Skit...Chapa 100" (absolutamente notável) e "Timaka ta chapa" (um ritmo vigoroso, que se sente bem na alma).
De facto, a vida está "Underground", para usar o título de um dos 19 excelentes trabalhos do Xtaka Zero.
Enfim, um exemplar trabalho...sociológico.
6 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Exactamente o inverso daquilo que, durante muitos dias estivemos a debater aqui neste espaco.
ResponderEliminarDigladiamos bstante sobre um pretenso "termo de referência" para uma crítica social nao violenta.
Este é o exemplo.
Egìdio: como o seu comentário entrou repetido por quatro vezes, apaguei as repetições. Abraço!
ResponderEliminarEsta banda é composta por elementos que fazem parte dos melhores repistas do nosso belo
ResponderEliminarMocambique, sao de uma criacao lirica invejavel. Porém, quando se apresentam ao público, ou seja rádio televisao, a maneira de se expressar e o o que transmitem ao público contraste grandemente com o teor das suas letras.
Fazem um reverso da moeda com o MC Roger, pois esse comunica-se muito bem, mas o conteudo das suas letras ...
Pensem nisso Xtakas
Excelente o que escreveu, Altruísta! Obrigado!
ResponderEliminarFeliz por saber que "vocês" os sociólogos finalmente despertaram para outras realidades do nosso viver colectivo, passando a abordar de forma séria os habitualmente excelentes retratos sociais que nos são trazidos pelos nossos artistas. É que já estavamos cansados de análises políticas pra aqui, pseudo análises para acolá, num exercício rotineiro sem qualquer resultado prático. Avante compatriotas. Parabéns.
ResponderEliminarCelso.
Estamos juntos, Celso!
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