Outros elos pessoais

29 dezembro 2006

Renamo: vândala ou não?


O recente comportamento da Renamo na Assembleia da República levou muitos jornalistas e cidadãos a qualificarem-na, uma vez mais, de vândala. Mas essa não é a opinião de João Belmiro, escrevendo no "Canal de Moçambique".
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Os sociólogos ainda não criaram um campo de estudos da vasta panóplia de desqualificadores sociais que o país possui, no caso vertente de desqualificadores políticos.

6 comentários:

  1. li o artigo de joão belmiro e acho-o sintomático. a julgar pelo que a imprensa noticiou, a renamo portou-se mesmo de forma vândala. o artigo de joão belmiro não parece abordar este assunto. explica apenas porque as atitudes tidas por muitos como sendo vândalas sucederam. acho que ele acaba prestando mau serviço à renamo e nem sei se ele próprio se apercebeu disso. caracteristicamente, ao invés de se debruçar com maior atenção sobre o problema da acção política no nosso contexto político, joão belmiro faz insinuações sobre os motivos dos outros jornalistas - como se ele estivesse livre deles - e, pior ainda, tenta passar a ideia de que o único que pode salvar o país agora é o vandalismo.
    eis então o desafio para os sociólogos: como introduzir maior discernimento e coerência argumentativa na abordagem dos problemas políticos? como analisar sem julgar nem justificar? que campo político temos nós?

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  2. esm tambem presta aqui um mau comentario. eu sem precisar do texto do belmiro, ja sabiamos que a imprensa estava a reportar mal o caso do barulho. falar de voto de maioria, sociedade civil, para justificar uma lei eleitoral perigosa, nao precisamos de sociologos. nao deve ser o sociologo a promover coerencia e cultura democratica num partido com mais de 30 anos de governacao, a frelimo tem maior responsabilidade do que a renamo na promocao da cultura democratica, afinal de contas e partido do povo, nao e?

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  3. esm tambem presta aqui um mau comentario. eu sem precisar do texto do belmiro, ja sabiamos que a imprensa estava a reportar mal o caso do barulho. falar de voto de maioria, sociedade civil, para justificar uma lei eleitoral perigosa, nao precisamos de sociologos. nao deve ser o sociologo a promover coerencia e cultura democratica num partido com mais de 30 anos de governacao, a frelimo tem maior responsabilidade do que a renamo na promocao da cultura democratica, afinal de contas e partido do povo, nao e?

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  4. na verdade, é possível que a sociedade não precise de sociólogos para a introdução de maior coerência argumentativa na abordagem dos nossos problemas políticos. contudo, isso não impede os sociólogos de oferecerem os seus préstimos. o comentário ao meu comentário bem como o artigo em questão mostram claramente que a sociedade - ou pelo menos o meu comentador - pode beneficiar imenso. acho que qualquer análise carece de informação. eu pelo menos preciso de ler o que a imprensa escreve e o comentário que se faz a ela (do joão belmiro) para poder perceber o que se está a passar. "já sabermos" parece-me muito arriscado. na base do que li, sobretudo do comentário feito pelo joão belmiro, chego à conclusão de que a descrição feita pela imprensa é correcta. o texto presta mau serviço à renamo e à democracia no país. uma coisa é discutir os méritos da oposição da renamo ao pacote eleitoral e outra é justificar actos de vandalismo. acho que precisamos de distinguir as duas coisas para o bem da democracia e para o bem de uma oposição sã. não creio - mas aí está o desafio sociológico - que o vandalismo seja a única resposta possível, tanto mais que o comentário de joão belmiro não explica porque apesar de os chefes de bancada se terem entendido a frelimo persistiu em votar a lei. a coerência argumentativa é importante. não é privilégio de sociólogos, é dever de todo o cidadão responsável.

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  5. acabo de me aperceber que escrevo sempre "joão belmiro" quando o verdadeiro nome é "josé belmiro". aí fica a correcção.

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  6. Não sou sociólogo, mas acho-me com direito de me interrogar se a análise aqui feita é socióloga ou política e parcial. Sem eu ser sociólogo parece-me que a análise do jornalista ser mais socióloga ou pelo menos chamar a atencão aos sociólogos.

    E o que nos dizem os sociólogos sobre as eventuais consequências desta lei eleitoral?

    Boas entradas
    António

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