Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
17 novembro 2006
Em Chemba, província de Sofala: guerra à oposição
"Aqui em Chemba há ordens superiores. A Renamo não deve ter espaço de manobras (...) Não queremos ver bandeiras da Renamo e fotografias de Dhlakama. A questão que se coloca agora é de soberania, não é de legalidade" - afirmou o chefe das operações da polícia local ao jornalista Isaías Natal do semanário "Zambeze" (edição de 16/11/06, p. 17).
Membros da Renamo são presos, punidos, emigram para o Malawi.
A Frelimo parece, a nível local, esquecer uma fórmula política simples: quanto mais perseguir os seus opositores, mais estes crescerão em crença e quantidade.
E as perseguições, comandadas pelo administrador Jorge Daúl, ocorrem justamente num território sob hegemonia da Renamo, onde 80% da população é camponesa e quase analfabeta, segundo o jornalista Natal.
2 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Tenho dificuldades em ver este caso como me parece que se vê. Não será que se devia prová-lo em instâncias jurídicas? Será que se devia achar um joguinho entre a Frelimo e Renamo ou como um atentado intolerável à democracia exigindo uma manifestacão dos amantes da democracia e pluralismo partidário? E se o governador de Sofala não age sobre isto que vem num jornal será que o podemos achar como conluio o poderemos achar? E o Ministro do Interior tolera que os policias facam isto em Chemba? Julgo isto um caso sério.
ResponderEliminarUm caso muito sério, sim.
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