Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
16 novembro 2006
Coisa má e coisa boa
O crime, por exemplo, é uma coisa má para nós, os que não somos criminosos. Mas se formos criminosos o crime é uma coisa boa.
Consoante o nosso grupo, a nossa prática social, o nosso ângulo de visão, assim rotulamos normativamente os fenómenos.
3 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Ouvi crime e ocorreu-me prostituicao, que me parece anda sempre num limbo, entre o ser crime ou nao ser...
ResponderEliminarSocialmente e moralmente, creio que a prostituicao e constantemente atacada, como um mal. As sociedades escolhem, claro, se a condenam como crime ou nao.
Fica a minha duvida. Se a sociedade condena; muitas prostitutas tambem dizem que nao querem ficar nessa vida para sempre, portanto nao a veem como uma coisa boa; e nao oico muitos clientes falarem que seja bom, alias, na sua cobardia ate poderam ser os que mais condenam a practica e advoguem a sua criminalizacao... Sera possivel, entao, que em vez de as vezes se classificar algo como bom ou mau (a boa maneira estruturalista) se concorde no significado moral, mas dependendo dos grupos a que pertence os beneficios sejam diferentes e logo 'mais bom' ou 'menos bom', ou ainda 'mais mau' ou 'menos mau'?
Os significados morais, a diferenciação entre o que é e não é moral, os símbolos de prestígio ou de estigma, as socializações por esses carris, etc., todo um mundo de imputação social vasto e difícil! A este propósito, o "Estigma" de Erving Goffman continua a ser, para mim, um clássico.
ResponderEliminarSim, tem razão!
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