Outros elos pessoais

22 setembro 2006

A Pátria de Salman Masalha

Por vezes a vida tem sentidos que merecem ser amados. Que merecem a pena serem fortemente desejados.
Por exemplo, o poeta árabo-israelita Salman Masalha propôs a criação da Pátria, uma Pátria singular, uma Pátria de todos os cidadãos, uma pátria que não é nem de Israelitas, nem de Árabes.
Nessa Pátria multi-cidadã a poesia substituiria a prece, uma Casa de Encontros o templo. Seriam proibidos os sinos de igrejas, o shofar judaico ou o muezzin das mesquitas que chama à oração.
"Não quero um passado neste lugar", disse Masalha. "Aqui não há lei de retorno. Apenas temos obrigações para com o futuro ", acrescentou.
E disse ainda o seguinte: "Há tanto passado que não conseguimos ver um futuro aqui. O judaísmo e o islão capitalizam a importância da lembrança. Nós, cidadãos da Pátria, queremos esquecer. Não queremos deitar fora as memórias pessoais, mas queremos começar uma jornada conjunta a partir do que temos aqui e agora."
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Leia em detalhe este fascinante fenómeno no portal:
http://www.haaretz.com/hasen/spages/766045.html

2 comentários:

  1. "Toda discursão sobre Deus cambaleia sob dificuldades incríveis.Contudo, todos os monoteístas foram muito positivos sobre a linguagem,ao mesmo tempo em que negavam a capacidade dessa linguagem de expressar a realidade transcendente.O Deus dos judeus,cristãos e muçulmanos é um Deus que, em algum sentido...fala.Sua palavra é crucial em todas as tres fés.A palavra de Deus moldou a história de nossa cultura.Lembro-me ainda quando um professor de Metafísica/Ontologia disse-me que num sentido importante Deus era um produto da imaginação criadora,como a poesia e a música que acho tão edificante...;Uns poucos monoteístas extremamente respeitados teriam me dito de forma discreta e firme que Deus na verdade não existe;E no entanto "ele" é a mais importante realidade do mundo.Declaro-me aqui...totalmente adepta ao panteísmo...creio,pois solenemente/sacratíssimamente...queonde houver poesia,musica,arte,flores,amores,borboletas amarelas bem como em toda e qualquer manifestação do belo...Deus alí está."...(estando na Idade Média a fogueirinha já então me esperava).(declaração no sentido cristão lógico).Totalmente de acordo com Salman Masalha.Mas,sabemos ser este um pensamento utópico e poético e de certa forma romântico...tão longe desta nossa realidade...onde guerras imperam entre povos...com as chamadas "guerras santas"...;

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  2. Deus pode ter vários nomes, mas apenas há um. E eu fiquei emocionada com a proposta desse poeta. Teríamos um mundo diferente se todos seguíssemos o seu exemplo.
    Lara

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