Outros elos pessoais

18 junho 2006

Todos os anos três milhões de raparigas e mulheres são genitalmente mutiladas


Três milhões de raparigas (entre os 4 e os 14 anos) e mulheres sofrem anualmente mutilação genital (ablação do clitóris) em 28 países muçulmanos de África e Médio Oriente, revelou um relatório da UNICEF divulgado a 26 de Novembro do ano passado.
Aquele organismo internacional calculou que 130 milhões de raparigas e mulheres já tinham sofrido a ablação, especialmente na África subsaariana e no Médio Oriente.
Estima-se que a mutilação genital (a chamada circuncisão feminina) afecte metade das mulheres africanas e, por exemplo, 94% das mulheres do Mali. Na Mauritânia, três em cada quatro mulheres são mutiladas. Entretanto, nos países onde ocorre o ritual, seis mil correm o risco de a sofrer diariamente.
A mutilação provoca mais mortes nas mulheres entre os 15 e 44 anos do que o cancro.
Os seus defensores afirmam que a prática permite a integração da mulher no mundo social dos adultos.
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, afirmou que é "a mais atroz das manifestações de discriminação que a mulher sofre sistematicamente em todo o mundo, na lei e em suas vidas diárias, independentemente do país, da cultura, da renda, classe social, raça ou etnia".
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Portais para consulta:
http://www.unicef-icdc.org/publications/pdf/fgm-e.pdf
http://www.gabeira.com.br/noticias/noticia.asp?id=1336
http://jpn.icicom.up.pt/2005/11/24/excisao_atinge_tres_milhoes_de_raparigas_por_ano.html http://dossiers.publico.pt/shownews.asp?id=1239931&idCanal=967
http://africa.expresso.clix.pt/africa/artigo.asp?id=24761072
http://www.elpais.es/articulo/elpporsoc/20051126elpepisoc_7/Tes
http://es.wikipedia.org/wiki/Ablación_(sexual)
http://spain.amref.org/index.asp?PageID=86
http://www.afrol.com/es/articles/17196
http://www.nodo50.org/mujeresred/msf.htm
http://www.mujeractual.com/sociedad/mujer/ablacion.html
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Um grande obrigado à Carmen que, de Espanha, por email, me recordou hoje este fenómeno, enviando-me uma reportagem sobre a realidade do fenómeno na Mauritânia, publicado, hoje também, no periódico espanhol El Pais.

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