Se há coisa difícil, entre as muitas coisas difíceis da vida, ela consiste em tentar substituir o egoísmo pelo altruísmo.
Somos educados a amar os próximos, os muitos próximos, não os distantes.
Os próximos pertencem aos sentimentos; os distantes, à inteligência.
Por isso é regra geral apenas com a inteligência que podemos tentar abrir uma porta no egoísmo para entrar no altruísmo.
Não é pregando a humanidade que a ela chegamos. Não é pregando amar ao próximo que o amaremos. A cidade é a anti-natureza da aldeia.
Os oficiantes dos cultos religiosos, os praticantes da caridade, os socialistas, os realmente bondosos que escolheram sair de si e dos próximos, esses têm tentado abrir a porta.
Mas no geral somos todos o nosso canto, a demeure close, lá onde as páginas dos jornais e as televisões nos dão, diariamente, uma humanidade toda igual que, na vida real, recusamos.
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