Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
11 maio 2006
Angústia
Uma bateria de coisas. Uma floresta de números. Tudo isto parece uma linguagem esotérica, apenas acessível aos sacerdotes de um certo tipo. Aos sacerdotes da sociologia sem seres humanos.
Como nada invejo os sociólogos multivariados, os sociólogos das distribuições marginais!
Sabemos hoje mais do comportamento social? Ou apenas sabemos que eles, os humanos, são, afinal, ontem como hoje, marginais?
2 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Nao desamine por favor.
ResponderEliminarJonas
A angustia tem duas faces, ela pode ser o mesmo tempo um desgosto da vida ou uma fonte de criaçao.
ResponderEliminarEmbora, nos nossos dias a musicalidade do teclado de nossos computadores se substitu-a ao sussurar da tinta sobre o papel. Isto, nao impede que a angustia se instale ainda que por breves instantes.
Assim,ao longo dos séculos a angustia foi considerada como um estado de alma, uma doença um pecado, ou ansiedade. Angustia, melancolia, duvida, acompharam sempre os “criadores”. De Homero a Montainge. Da renascença ao romantismo, angustia, melancolia, duvida é o simbolo que caracterisa o “criador”, eterno exilado que se apoia em sonhos de solidao, de magoas sem causa. Baudelaire colocara a melancolia no lugar de um mal ontologico.
Ao longo dos tempos o discurso sobre a melancolia passa de teologico e filosofico a medical. Ainda assim certos psicanalisticas descobrem o bem desta “doença”.
Questao: estara o professor angustiado? Nao creio, é apenas um momento de cogitaçao proprio de todo o “criador”, qual “oficina imaginaria”, espelho de duvidas de todos nòs, procurando a normalidade na anormalidade da vida...
Iolanda