Anos atrás, eu fui a Quelimane e tinha na minha pasta alguns exemplares de uma “oração de sapiência” (que expressão tão sagrada!) proferida na Faculdade de Medicina da Universidade Eduardo Mondlane. Como quase tudo o que escrevo, o texto tem muitas notas de rodapé.
Dei alguns exemplares a jovens professores do ensino primário e básico que se encontraram comigo.
Então, eles disseram-me que iriam juntar-se e estudar o texto durante três dias.
Três dias passados, vieram ter comigo e disseram:
-Professor, já estudámos.
-Ah sim?
-Sim, fizemos um plano e estudámos bem.
-Contem lá como foi.
-Foi assim: primeiro lemos a parte de cima e depois a parte de baixo.
-Parte de cima e parte de baixo? Como assim?
-É que, professor, em cima daquela brochura tem uma coisa escrita, depois em baixo, onde estão os números, tem outra. Fizemos uma boa leitura. Pena é não termos um dicionário.
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