Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
27 abril 2006
Modernidade tradicionalizada
1 comentário:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Certo, nao conheço os “dumba-nengue”, mas segundo o que descreve acho-os muito interesantes, vendo-os segundo a perspectiva da modernizaçao, os indicadores sociais aí estao: mobilidade de bens, a intensificaçao das trocas , as redes de contacto, a circulaçao de informaçao.
ResponderEliminarHabitos rurais – presuponho deslocamento de populaçoes do meio rural para a cidade, adopçao de novas profissoes, abadono do campesinato.
Acumulaçoa de mais valias perifericas do Estado – presuponho a intensificaçoa e desenvolvimento do mercado informal, criaçao de riqueza.
estou em querer que “dumba-nengue”é ao mesmo tempo consequencia dum processo de de mobilizaçao e de diferenciaçao e integraçao de valores economicos sociais e politicos. Os “dumba-nengue” sao a "cristalisaçao" de uma dinamica de mudanças observaveis ao longo do tempo, que afectam a estrutura ou funcionamento da organizaçoa social duma dada colectividade.
Assim, Eu gostaria de saber se existe uma relaçao entre todas essas mudanças sociais e o aumento do individualismo? Noutros termos sera que o aumeto da “modernidade tradicionalizada”, faz diminuir as redes de solidariedade e entre-ajuda peculiares de Africa? Ou se preferir seguindo o raciciocinio de soeur Emmanuel (artigo de Maio) “ a riqueza isola as pessoas, torna-as desconfiadas, zelosas do seu ter”, assim pergunto, sera que “dumba-nengue”nao engendram o risco das pessoas em Moçambique tornarem –se inumanas e solitárias, como na Europa?
Iolanda Aguiar