tag:blogger.com,1999:blog-26386084.post2615631991141604753..comments2023-11-05T11:16:21.481+02:00Comments on Diário de um sociólogo: Três linchados na BeiraCarlos Serrahttp://www.blogger.com/profile/13187727359471585794noreply@blogger.comBlogger7125tag:blogger.com,1999:blog-26386084.post-41929264102315752752009-11-18T01:39:02.294+02:002009-11-18T01:39:02.294+02:00Em quantos vai a contabilidade macabra deste ano?Em quantos vai a contabilidade macabra deste ano?(Paulo Granjo)https://www.blogger.com/profile/03097076505158877257noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-26386084.post-15178210527427853232009-11-18T00:01:45.143+02:002009-11-18T00:01:45.143+02:00Parte-se-me o coração, dói-me a alma, fico destroç...Parte-se-me o coração, dói-me a alma, fico destroçada sempre que oiço que foi cometido mais um crime destes.<br />Que as suas almas descansem em Paz!<br />Deus irá julgar os autores de tamanha crueldade contra o seu semelhante ou irmão.<br />Maria HelenaAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-26386084.post-62163526927622115192009-11-17T17:28:42.879+02:002009-11-17T17:28:42.879+02:00Aceito a sua explicação, porque sociologicamente m...Aceito a sua explicação, porque sociologicamente mais bem construída do que a minha.<br /><br />Como sou uma pessoa de ideias simples, julgo que, quer num caso, como no outro, a pobreza é o caldeirão social que faz fervilhar todos os fenómenos.<br /><br />E as causas da pobreza são muitas:<br /><br />I-As directas:<br />1. Iliteracia;<br />2. Exclusão de social, política, económica, etc;<br /><br />As indirectas:<br /><br />3. As guerras;<br />4. Crime;<br /><br />Etc.<br /><br />Quem lidar competentemente com as directas, conseguirá evitar as indirectas.ricardonoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-26386084.post-57719249684202957832009-11-17T15:19:31.656+02:002009-11-17T15:19:31.656+02:00Não sou especialista da área e leio muito pouco so...Não sou especialista da área e leio muito pouco sobre o assunto. Todavia, parece-me trivial que os linchamentos que ocorrem nas zonas urbanas e periféricas, tem motivações distintas das que ocorrem nas regiões rurais. Nestas, parece-me que acusações de feiticaria, de “amarrar a chuva”, e de causar outros males, têm mais relevância. Nas zonas urbanas, a suspeita ou confirmação de furto ou roubo, assassinato, estupro, etc, ganham mais visibilidade.<br />Qual a explicação para esta diferenciação? A primeira, parece-me que nas zonas urbanas, acusações de feitiçaria, de “amarrar a chuva”, não são suficientemente fortes para mobilizar populares a prática linchatória. De resto, nestas zonas as pessoas dedicam-me relativamente menos à actividades dependentes de ciclos naturais, como agricultura, e possuem formação escolar relativamente mais elevada. <br />A segunda, as populações das zonas rurais sabem que as acusações das infrações supostamente praticadas pelas suas vítimas (os linchados) não encontram lógica e nem enquadramento no sistema de justiça. Assim, o linchamento (acusacao de feiticaria, por exemplo) surge para compensar a “sede” de justiça que as leis formais não possuem, e por conseguinte, nao se lidam com ele de modo satisfatorio (aos olhos dos populares).<br />Concluo dizendo que os linchamentos relevam, não apenas a ignorância dos seus mobilizadores, mas também um certo grau de conflito de visões sobre a justiça, a formal e a tradicional.Unknownhttps://www.blogger.com/profile/00899912680376136036noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-26386084.post-6216655873903835502009-11-17T13:14:24.913+02:002009-11-17T13:14:24.913+02:00Aiaia, denovo este fenómeno. Ainda não li o livro ...Aiaia, denovo este fenómeno. Ainda não li o livro que o professor publicou, nem sei se tem a venda cá, em Portugal, mas pedi a um ex. colega meu da CIUEM para mo trazer. Gostava de ter em conta as razões deste fenómeno. <br /><br />Um abraoViriato Diasnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-26386084.post-55373444554125840142009-11-17T13:05:10.897+02:002009-11-17T13:05:10.897+02:00Mas por ser a Beira, há ainda um ponto por reflect...Mas por ser a Beira, há ainda um ponto por reflectir.<br /><br />A pobreza induzida por um contexto que nunca foi devidamente encarado.<br /><br />Um deadlock, numa urbe que defende os filhos locais como poucas.<br /><br />Por exemplo, se um investidor for da FRELIMO, tudo será feito pelas correntes locais para que o mesmo vá à falência.<br /><br />Se ele tiver raízes na oposição, então o governo do dia tudo fará para que o mesmo não se concretize.<br /><br />Ser ou não ser, eis a questão.<br /><br />Por isso, a linha de pobreza aumenta na zona progressivamente e acrescentarmos a isso o factor HIV, a pujança económica terá que pender para os mais favorecidos, que normalmente são da côr política que governa Maputo.<br /><br />Existe também, uma aversão do poder central a esta realidade. É incrível a qualidade dos agentes do estado que lá são colocados. Só lá estão para humilhar e dificultar a vida aos locais.<br /><br /><br />Eu vi isso com os meus próprios olhos, e eu lamentei isso.<br /><br /><br />Eu perguntei a um beirense de gêma, porque razão o município local não avalizava a reconstrução daquelas ruínas de hotéis e outras infra-estruturas que poderiam resultar em dinheiro para os beirenses, com o turismo, conferências, etc?<br /><br />A resposta, sentida, não se fez esperar: "Somos o filho de um deus menor em Moçambique porque votamos sempre contra!".<br /><br />Dissericardonoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-26386084.post-66046856463553783662009-11-17T12:33:44.842+02:002009-11-17T12:33:44.842+02:00Professor,
A impressão com que fico destes fenóme...Professor,<br /><br />A impressão com que fico destes fenómenos, é a de que estamos a regredir cinco séculos comparativamente à História Universal Europeia, nomeadamente o para o período feudal. Ou então, estamos progredimos 6 séculos em relação ao primeiro estágio da civilização ocidental.<br /><br />Chego a essa conclusão pela similitude que se estabelece entre a realidade do tempo dos senhores feudais, encastelados no seu burgo, detentores de um exército de cruzados para os proteger, de um clero para controlar o seu POVÃO e de tribunos para cobrar impostos; e os tempos atípicos que actualmente vivemos.<br /><br />A ser verdade, será que teremos de esperar 6 séculos para nos aproximar do mundo moderno?<br /><br />Creio que já V. enviei imagens chocantes filmadas in situ de linchamentos de pessoas acusadas de "parar com a chuva" numa zona de África, que me garantem ser a província da Zambézia.<br /><br />Confirme s.f.f., caso não, irei enviá-las.ricardonoreply@blogger.com