tag:blogger.com,1999:blog-26386084.post1714914635230192246..comments2023-11-05T11:16:21.481+02:00Comments on Diário de um sociólogo: Os desabafos do cabritismoCarlos Serrahttp://www.blogger.com/profile/13187727359471585794noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-26386084.post-46261049703363223402007-05-17T17:03:00.000+02:002007-05-17T17:03:00.000+02:00Não tenho qualquer dúvida de que daria um belo est...Não tenho qualquer dúvida de que daria um belo estudo, do género daquele que Michel Crozier fez em relação à burocracia em frança.Carlos Serrahttps://www.blogger.com/profile/13187727359471585794noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-26386084.post-7789106935812097752007-05-17T08:53:00.000+02:002007-05-17T08:53:00.000+02:00Professor,Quer-me parecer que esta prática de vend...Professor,<BR/><BR/>Quer-me parecer que esta prática de venda de influências para a obtenção de postos de trabalho, o “vender vagas”, está a ganhar cada vez mais campo, talvez mesmo a institucionalizar-se em Moçambique, tanto no sector informal como no formal. <BR/><BR/>Passou-se comigo o caso que vou contar, que me veio mostrar o quanto por vezes ignoramos o que se passa à nossa volta. <BR/><BR/>Precisava de um cozinheiro, e a notícia correu pela vizinhança. Apareceu-me uma senhora, também empregada doméstica, a recomendar uma pessoa dita de sua confiança. Aceitei a proposta, e o cozinheiro começou a trabalhar. Mal terminado o primeiro mês, a referida senhora apareceu a exigir dele – que nunca a tinha sequer abordado para pedir que lhe arranjasse emprego e que pouco a conhecia - a “sua parte”. O cozinheiro estava desempregado há algum tempo, tinha outras dívidas por pagar, etc., mas, apesar de todas estas suas alegações para adiar o pagamento da dita “dívida”, teve de a “saldar” de imediato dado o barulho que a outra levantara contra ele e o ambiente que criara entre os outros empregados. <BR/><BR/>Chocada com tal procedimento da senhora, comentei-o com colegas de trabalho e amigos. Muitos não ficaram nada surpreendidos e disseram-me que era assim mesmo que as coisas agora se passavam. A única crítica que fizeram foi a de que a quantia devia ter sido previamente acordada entre os dois. Disseram-me que muitas vezes é combinada a entrega do primeiro salário na totalidade, mas que podem chegar a ser três, o que pode deixar algumas pessoas endividadas para sempre. Recordaram-me o caso do BIM, que foi tratado nos jornais, e eu, por extensão, pensei no aparelho de estado e no que poderá estar a passar-se por aí. <BR/><BR/>Acho que este tema seria uma boa matéria de estudo numa perspectiva sociológica. Considero também que a “venda de vagas” no Estado deve estar a merecer mais prevenção.<BR/><BR/>Fátima RibeiroAnonymousnoreply@blogger.com