Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
12 janeiro 2012
Praia de Maputo e apelo
8 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Professor, é preciso dizermos as coisas como elas são e deixarmos de por paninhos quentes sobre elas, num espirito paternalista como tem sido caracteristico de muitos de nós. Afinal nós não somos animais irracionais e de estimação de ninguém e por isso ninguém tem que nos tratar como tal: com paternalismo!
ResponderEliminarO que se passa na marginal, passa-se em toda a cidade. Onde marginais, enfermos mentais (nus, com todas as partes que devem ser tapadas por causa do pudor) deambulam pelas estradas sem que ninguem diga nada. Onde fazem necessidades essas pessoas? O comportamento nas ruas. O comportamento dos novos ricos, que têm carros. A arrogancia com que ocupam os passeios com que estacionam em dupla fila, nas entradas dos outros, param para conversar no meio da estrada impedindo os demais de passar. Vemos que muitos de nos justificam as suas acções dizendo que é porque não há condições (não há estacionamento, não há casa de banho, não há...). Mas muitos que cometem este tipo de porcarias (porque esse é o termo, uma acção de um porco é porcaria) têm carros tem meios para nao fazerem isto, podem facilmente dirigir-se a uma casa de banho usando o seu carro, ou procurar um lugar mais aceitavel para estacionar, enfim... podem, mas nao se dao ao trabalho, Acham que é melhor fazer em frente aos outros, mostrar o seu "poder" a sua "educação". Deitam garrafas e latas no meio da estrada, na praia perigando a saude das suas proprias crianças e deles mesmos... Ninguem diz nada e se disser é agredido verbalmente se não for fisicamente... Se virmos bem, nas barracas do Museu e não só (estarei a afastarme da praia, mas é o mesmo espaço da cidade) acontece o mesmo e pessoas de "responsabilidade", chefes partilham casas de banho (entenda-se arvores) mijando com os andrajosos. E como ninguem diz nada, todos somos o mesmo. Por isso, quando os que têm lodges nas praias, mantem os seus espaços limpos (gente que por via de regra é diferente de nós) nos expulsam das suas praias confundindo-nos a todos, nos queixamos de racismo. Mas como podem essas pessoas destinguir a mim que não mijo na rua de outro que mija, que deita garrafas no chão, suja o sitio onde come. Somos em quase tudo iguais: falamos a mesma lingua, somos da mesma cor, do mesmo pais, da mesma região e religião etc, que faz sermos o mesmo? Entao, como medida preventiva excluem a todos, sem excepção para evitar problemas cortam o mal pela raiz e nós nos queixamos de racismo. Tenhamos um pouco de amor proprio, de vergonha (coisa que já não se vê nesta cidade) e comecemos a agir como gente para sermos respeitados como gente! É uma pena!!! Mas temos que sair desta, sob risco de isto ficar verdadeiramente uma selva. Há que se por um basta neste assunto.
Aqui está outro tema merecedor de amplo debate. Quem "lixa" o lixo e a falta de civismo? Quem toma medidas? Quem ensina?
ResponderEliminarNem descalços podemos andar na praia com os estilhaços de garrafas por todo o lado.
ResponderEliminarHá muitos anos que não tomo lá banho...
ResponderEliminarDirão que é nossa "cultura"!!! Nossa cultura nada, é falta de civismo de gente sem regras.
ResponderEliminarO que diria o Samora se fosse vivo?
ResponderEliminarNão preciso de dizer que faz mais de 25 anos que não tomo banho em nenhuma praia de Maputo ou Catembe.No ano passado descobri amargamente que a famosa praia de São Martinho (Bilene) está pior que as nossas.
ResponderEliminarPorque é que batemos tão fundo?!
Porque estávamos distraidos a construir as nossas mansões junto à praia, com altas muralhas, que nos impediam de ver os plebeus a destrui-la. Estávamos absorvidos nos nossos cifrões...Aconteceu porém que a história da Esfinge veio nos bater à porta. Ao não conseguirmos decifrá-la, ela devorou-nos a todos!
E para terminar. O jurista e ambientalista Carlos Manuel Serra está coberto de razão. E digo mais, até assinaria e contribuiria com um domingo semanal para limpar a praia, desde que isso valesse a pena. E não valendo, temo dizer que o destino das pessoas "anti-chungaria" de MAPUTO são espaços privativos, pagos, e com piscinas cloradas. Ou então, juntando uns cobres e passar uns tempos nas praias geridas pelos "boers" na nossa costa. E nem me falem mais de racismo, estou cansado dessa ladainha.
E ponto final!
Os problemas apontados no comentario 1 têm solução e eu proponho o seguinte:
ResponderEliminar1. Campanhas PERMANENTES de informação usando a rádio a Televisão. Devemos informar e falar com as pessoas sobre a necessidade de maior civismo e os valores da vida colectiva. Como nos devemos respeitar uns aos outros. (Muitas vezes assumimos que todos já sabem tudo o que deveriam saber. Por um lado é porque para nós é obvio e claro - aprendemos desde pequenos e já temos estas coisas automatizadas. POr outro porque achamos que podemos estar a ofender as pessoas se dissermos o "obvio").
2. Campanhas de limpeza colectiva. Isto deve ser organizado depois das campanhas de informação. Antes será tempo perdido.
3. Maior intervenção do Conselho Municipal na limpeza e manutenção da área.
Quem deve organizar estas campanhas é o Municipio, os agentes economicos da área e as rádios e TV. Nós os cidadãos pagamos à RM duas vezes, pela taxa de radio e pelos impostos para fazer trabalho para nós e ela não faz quase nada. A TVM também é paga com o dinheiro dos nossos impostos e tem a obrigação de fazer este trabalho. Também as radios e TV privadas deveriam ter obrigação de realizar trabalho socialmente util. Consta-me que no Brasil isto é assim. Todas as radios tem que fazer trabalho social gratuito se quiserem estar no eter (no ar). Acho que estamos a usar muito pouco a radio e a TV para passar mensagens educativas de todo tipo. E isto é verdadeiramente um desperdicio. So passam aquela mensagens beras sobre os "inovadores", sobre a paz e outras vindas do topo.
O Municipio tem que ser mais actuante e nao so se preocupar com os chapas (porque dão dinheiro aos policias municipais).
Cpts