Outros elos pessoais

10 janeiro 2012

Para desarmar as mentes armadas (4)

Quarto número da série.
Regra geral, as crianças propuseram que os ladrões fossem castigados antes de serem entregues à polícia; mas no caso dos feiticeiros (usámos sempre o masculino), a proposta foi a morte. Mais: nos desenhos, as crianças, rapazes e raparigas, pintaram os ladrões com calças e os feiticeiros com saias. Por outras palavras: verificámos que as nossas crianças eram portadoras de coeficientes punitivos severos e da crença de que o roubo é masculino e a feitiçaria, feminina. Mostra isso que as crianças são más, que nascem más?
Prossigo mais tarde.
Nota: em epígrafe duas redações de crianças do ensino primário feitas em 2008. Se quiser ampliar a imagem, clique sobre ela com o lado esquerdo do rato.
(continua)

4 comentários:

  1. Se pais acreditam na feitiçaria como haviam os filhos não acreditar sendo educados a acreditar?

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  2. Quem duvida que tudo começa em casa e na escola?

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  3. A Marta coloca a questão essencial; as crianças acabam por ser o reflexo do ambiente social/ familiar em que crescem.

    Entendo que não podemos generalizar, considerando as respostas em análise vinculativas a todas as nossas crianças. Seguramente que as crianças das camadas sociais "média/alta" dariam respostas diferentes.

    Porém, como mais de 80% das nossas crianças vivem na camada "baixa/baixíssima" a situação é, efectivamente. preocupante. Solução: mais concentração de recursos humanos, materiais e financeiros no desenvolvimento do Homem!!! ... e menos no enriquecimentos ilícito de alguns!

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  4. Diz-me o que te ensinaram, direi como fazes...

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