Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
12 setembro 2010
Nirvana
10 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Ótima e oportuna "provocação", caro prof. Carlos. Enquanto engravatados bem alimentados se sentam à mesa de conversação-negociação, balas 'perdidas' matam no Rio de Janeiro, pessoas viram pedaços no Oriente Médio, milhões adoecem pelo medo de tudo e medo de nada (mas pelo medo), outras tantas se matam por causas perdidas ou mesmo desconhecidas !
ResponderEliminarMeus cumprimentos,
Paulo; Brasil
Por falar em Nirvana...
ResponderEliminarQue tal compulsar A INDÚSTRIA BILIONÁRIA DA FABRICAÇÃO DE DOENTES (Os vendedores de doenças) As estratégias da indústria farmacêutica para multiplicar lucros
espalhando o medo e transformando qualquer
problema banal de saúde numa "síndrome" que
exige tratamento?
Vide mais aqui: http://www.scribd.com/doc/14193524/A-industria-bilionaria-da-fabricacao-de-doentes-Ray-Moynihan-Alan-Cassels-prevencao
Professor, gostaria que explicasse a forma que toma a luta de classes, digamos, no Canadá ou na Suécia. É a mesma forma predita por Marx?
ResponderEliminarPor outro lado, temo que nos apressemos a classificar como luta de classes aquilo que, afinal, é pura luta pela sobrevivência.
Gostaria também de interpelar o Professor em relação àquilo que insistentemente denuncia como crescimento das desigualdades sociais. Como elas poderiam ser abordadas num país como o nosso? Veja Professor que o Estado costuma ser um dos principais redistribuidores através da política fiscal (um outro redistribuidor é o capitalista através do pagamento de salários que se querem justos).
Mas veja, caro Professor, que os nossos Estados, para atrairem investidores, nacionais e estrangeiros, devem oferecer como uma das contrapartidas, vantagens fiscais. De outro modo, os investidores demandrão outras paragens, mais compensadoras.
Ora, se o Estado cobra pouco em impostos, como pode exercer eficasmente a sua função de promotora da equidade (através de oferta de melhor educação, melhores infra-estruras, melhor preparação dos cidadãos.
Muitas vezes fico com a impressão de que se projecta falsamente a ideia de que há alguém maldoso, LIGADO AO PODER que, maldosamente, distribui mal os rendimentos nacionais.
Como abordar estas questões, oferecendo alternativas de actuação aos gestores públicos e privados? Como se caminha para a equidade num país como o nosso, caro Professor?
Gabriel M
Força caro "Gabriel M", responda.
ResponderEliminarNas terras angolanas não é alguém maldoso é alguem bondoso encarregado de engordar as carteiras dos benfeitores do povo com os "subsídios especiais", ideia diferente claroe stá daquela suspeita do Gabriel o pensador.
ResponderEliminarNa verdade, Marx viu desenvolvida a deriva local de "Luta de Clãs" que acaba sendo uma luta caótica de classe com perspectiva bem africana... Também não me parece ser verdade que os que cá vêm poderão mudar de paragens caso não lhe cedamos aos caprichos. Isso foi verdade até à crise do Sub-prime. Agora passa-se precisamente o contrário. Eles até já fazem fila para entrarem cá!
ResponderEliminarRealmente o Gabriel M, pos uma boa pergunta,
ResponderEliminar"Como abordar estas questões, oferecendo alternativas de actuação aos gestores públicos e privados? Como se caminha para a equidade num país como o nosso, caro Professor?"
Foi dirigida ao Professor, mas atrever-me a commentar, se o Professor permitir,
Eu estou 'a espera de resposta ha bastante tempo, e concordo nao ha maldade na distribuicao da riqueza ou rendimento, apenas ha os esquecidos, que sao obrigados a fazerem se lembrar, uma vezes violentamente, e outra escrevendo, e falando.
O problema do nosso governo 'e tender a criar uma tradicao de "ouvir" violencia so,
E os esquecidos, so sao lembrados quando tendem por sua vez, fazer-se lembrar atravez da violencia.
Quanto a "oferecer alternativas de actuacacao aos gestores publicos e privados" - acho que so sao considerados gestores os que tem "cartao de socio" do parido no poder, os outros sao simplesmente nao-considerados.
Eu nao quero ser socio do partido no poder, por isso nao me dao alternativas.
Entao continuo a espera, do partido no poder, sair do governo,
Nao 'e ? so mesmo assim, porque nao dao alternativas, sem cartao de socio.
Boa resposta Boaventura e Karim ao Gabriel M.
ResponderEliminarMas quando isso não pegar talvez voltemos às fontes para recuperarmos a lista dos donos da riqueza em Mocambique.
Uma boa quest~ao, a colocada por Gabriel M. A denuncia deve ir acompanhada por reflexao sobre os fenomenos. Parece verdade que e mais facil ver o mal. A pergunta de Gabriel M. coloca o desafio de sermos capazes de avaliar a natureza das desigualdades sociais em Mozambique, como elas se estruturam e como elas se reproduzem. Negar esta avaliacao e apostar na denuncia facil.
ResponderEliminarCumprimentos dum angolano na diaspora. Faustino Matos
Melhor questão clarinha com a boa água é ainda a da Rafael Marques:http://makaangola.com/
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