Outros elos pessoais

08 janeiro 2009

Números

Terminadas as eleições autárquicas, felizes os vencedores, tristes ou raivosos os vencidos, restam os números. Os números (poucos) que se seguem mostram, em sua nudez, o seguinte:
Para presidentes dos 43 Conselhos Municipais
Inscritos: 2,773,025
Votantes: 1,285,946 - 46.4%
Votos em branco: 35,063 - % Votantes 2,7%
Votos nulos: 41,071 - % votantes: 3.2%
Nulos validados: 7, 439 - % de nulos: 18%
Maputo cidade - Presidente do Conselho Municipal
Inscritos: 661,034
Votantes: 308,323 - 46.6%
Votos válidos: 297,331
Querem os leitores comentar esses e os outros números conferíveis
aqui?

7 comentários:

  1. Não entendi o porquê do destaque dado aos 18%, que são referentes à percentagem de votos nulos que foi validada (questão: o quê leva um voto nulo a ser invalidado?). No fim, os nulos continuam a ser uma ínfima parcela dos votos.

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  2. Para bom entendedor os poucos números divulgados são sugestivos. Não seria de admirar, muito menos seria a primeira vez em Moçambique, que os "Nulos validos", jogariam um papel decisivo no veredito final. Numa democracia representativa, mas na prática fortemente manipulativa, em que a monitoria da contagem de votos reflecte o desenvolvimento das nossas forças produtivias, os tais votos nulos validados e/ou invalidados já fizeram história em eleições anteriores. Será que a história se repetiu em alguns municípios? Era preciso indagar onde se concentram os "nulos validados" e que papel jogaram, sobretudo nos locais onde os candidatos estavam muito equilibrados. Uma investigação destas daria um bom trabalho jornalistico para os candidatos a jornalistas investigativos. AF

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  3. Muita e simples coisa pode e deve ser feita agora, por exemplo pelo LB e pelo AF do IESE. Muitos teriam desagradáveis surpresas com a questão das "vitórias esmagadoras".

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  4. Pois então, pois então...O povo votou "esmagadoramente" em nós...

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  5. Caros compatriotas,mais uma vez escrevo pra reclamar pelo desprezo e falta de maturidade polotica do governo do dia,os orgaos eleitorais ao nivel da cidade e distritos tem um chamado subsidio de miseria para um arduo trabalho.sao uns trcos de 5.870 mts por mes.Comparado aos subsidios dos membros da CNE e uma autentica vergonha.Os membros da CNE tem salarios chorudos a volta de 40 mil mts mes,agua,luz,telefone,combustivel pago,guarda costas entre outras regalias.Mas e bom recordar que as actas e editais veem dos locais de votacao e quem os recolhe e a cidade e ou o distrito,e nao a CNE que fica sentada nos AC a espera do trabalho ja feito.Nao esta a ser implementado o artigo 17 da lei 8(lei eleitoral)para os orgaos de base porque??????

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  6. Considero-me um bom entendedor de números: concordo que um número exagerado de votos alegadamente nulos podem esconder uma tentativa de anular a oposição. Contudo,não vejo em que autarquia (afora nossa única segunda-volta) os 3% de votos nulos poderiam ter influenciado, mesmo que fossem todos validados (a não ser que tenham concentrado-se em uma ou duas autarquias, o quê acho pouco provável). Considero, portanto, pouco provável a hipótese da manipulação, e apostaria em excesso de zelo por parte dos responsáveis pela contagem ao nível dos distritos (os escalões administrativos mais baixos tendem a ser mais rigorosos na aplicação da lei, por receio de errarem e falta de autonomia). Claro, são hipóteses.

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  7. Podemos recolocar as coisas nestes termos, a ver se Carlos Serra fica mais descansado. A FRELIMO não ganhou esmagadoramente. A Renamo e toda a outra oposição é que foram vergonhosa, esmagadora e estrondosamente vencidas. Perderam em todas as assembleias municipais e em quase todos os executivos municipais.
    Um vencido

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