O candidato da Frelimo à presidência do município de Maputo nas eleições autárquicas deste mês, David Simango, é um homem completamente modesto: "Não tenho nada a temer. Tenho é pena dos meus adversários. Desejo eleições livres, justas e transparentes. Eleições sem violência, eleições sem banho de sangue." O cabeçalho do "Notícias" é significativo, a saber: "O PROFESSOR David Simango já se proclama virtual inquilino dos Paços do Município da Cidade de Maputo. Esta semana, num informal com os “media” em Maputo, Simango disse peremptoriamente que vai “esmagar” os seus adversários, nos termos em que sente muita pena deles." Como o jornal fez questão de o tratar por Professor (com maiúscula), o mínimo que se pode dizer é que Simango é um político modelar (o seu apelo à não violência está, afinal, mergulhado numa violência poliforme), mas um mau professor. Entretanto, o rival de Simango em Maputo, Eduardo Namburete, da Renamo, parece ter preferido evitar os esmagamentos verbais e enveredar por um lema à Obama: Sem medo de ser feliz.03 novembro 2008
David Simango, o modesto
O candidato da Frelimo à presidência do município de Maputo nas eleições autárquicas deste mês, David Simango, é um homem completamente modesto: "Não tenho nada a temer. Tenho é pena dos meus adversários. Desejo eleições livres, justas e transparentes. Eleições sem violência, eleições sem banho de sangue." O cabeçalho do "Notícias" é significativo, a saber: "O PROFESSOR David Simango já se proclama virtual inquilino dos Paços do Município da Cidade de Maputo. Esta semana, num informal com os “media” em Maputo, Simango disse peremptoriamente que vai “esmagar” os seus adversários, nos termos em que sente muita pena deles." Como o jornal fez questão de o tratar por Professor (com maiúscula), o mínimo que se pode dizer é que Simango é um político modelar (o seu apelo à não violência está, afinal, mergulhado numa violência poliforme), mas um mau professor. Entretanto, o rival de Simango em Maputo, Eduardo Namburete, da Renamo, parece ter preferido evitar os esmagamentos verbais e enveredar por um lema à Obama: Sem medo de ser feliz.2 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Realmente o Sr. PROFESSOR, a fazer fé na imprensa, que desvirtua quase sempre as palavras dos políticos, especialmente quando estes metem a pata na poça, é um homem politicamente muito didático.
ResponderEliminarUm discurso que para quem pensa que já ganhou, inclui:
"eleições sem banho de sangue"
Questão de ADN.
Permito-me traduzir.
"Atenção. Se eu perder haverá um banho de sangue, como no Zimbabué, Quénia,...
Portanto tenham cuidado, e vejam como votam.
Senão...vocês vão ver."
Mas devem ter sido os media, a imprensa...
Obrigado pela análise!
ResponderEliminar